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Mulheres "disputam" bebê abandonado em caixa de papelão
Recém-nascido foi encontrado no sábado
à tarde no quintal de uma residência vazia
DE RIBEIRÃO PRETO
Quando a faxineira Maria
Aparecida Giachetto, 49,
chegou ao Pronto-Socorro de
Jaboticabal com o bebê que
havia encontrado em uma
caixa de papelão, no último
sábado, a auxiliar administrativa Talita Caraschi Catozichi, 32, estava na unidade.
Talita afirma ter sentido
"um amor muito grande" pela criança. Ela conta que
acompanhou Maria Aparecida e a equipe que fez o primeiro atendimento e agora
diz que quer adotar o recém-nascido, que ganhou o apelido de Juninho.
"Já me disseram que as
coisas não são assim, que
tem fila de espera [para adoção], mas eu vou fazer de tudo para ficar com ele. Eu não
tinha de estar no hospital,
mas quis esse bebê desde a
primeira vez que o vi, sujinho
e até escurinho de frio."
A auxiliar administrativa
ainda afirmou: "Estou apaixonada, eu o quis sem precisar saber se tinha algum problema de saúde ou coisa parecida. As pessoas que entram na fila de espera querem escolher os filhos."
Talita diz que decidiu ir ao
pronto-socorro "por acaso"
para visitar um paciente.
Quem também se diz interessada em adotar o bebê é a
faxineira que o encontrou.
Maria Aparecida sabe também do interesse de Talita.
"Se Deus quiser que ele fique
comigo, vai ser bom, mas o
importante é que fique com
alguém que cuide bem."
Segundo o Conselho Tutelar, Juninho será encaminhado a um abrigo e o seu destino será definido pela Justiça.
A Polícia Militar havia informado anteontem que a
criança foi encontrada às
17h30 em um terreno baldio.
A faxineira, porém, disse
que achou o bebê no quintal
de uma casa vazia, à venda e
com o portão trancado no
bairro Aparecida, no sábado.
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