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Socicam nega que Câmara tenha feito contato
Vereadores aprovaram anteontem a criação de uma CPI para investigar a obra de reforma do terminal
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Socicam, empresa que administra a rodoviária de Ribeirão, disse ontem que não foi
procurada pela Câmara para
prestar esclarecimentos sobre
a reforma ocorrida no terminal.
Anteontem à noite, a Câmara
aprovou pedido de abertura de
CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) sobre a obra.
O pedido foi apresentado pelo vereador Oliveira Júnior
(PSC), que afirmou que a Socicam foi chamada mais de uma
vez para prestar esclarecimentos, mas nunca compareceu. A
assessoria de imprensa da Socicam disse que a empresa não
recebeu nenhum tipo de pedido de dados ou notificação.
Ainda de acordo com a assessoria, a reforma da rodoviária é
considerada concluída pela
empresa, embora o saguão de
entrada e os boxes comerciais
continuem com a mesma aparência que tinham antes.
A Socicam diz que o saguão é
uma área do condomínio e não
do terminal rodoviário. Segundo a empresa, a reforma custou
cerca de R$ 10 milhões.
Além da CPI na Câmara, a
prefeitura também criou uma
comissão para auditar a reforma. O secretário do Planejamento e Gestão Pública, Ivo
Colichio Júnior, disse que o
trabalho da comissão ainda não
foi concluído. "Mas é de interesse nosso, pois precisamos
saber o que aconteceu lá."
Já o diretor do Departamento de Desenvolvimento Socioeconômico da prefeitura, Renato Pires da Silva Filho, que
coordena a comissão, disse que
foi dado um prazo de 30 dias
para que a Socicam forneça
uma lista detalhada do que foi
feito durante a reforma.
Com esse relatório em mãos,
a comissão vai verificar se a
obra seguiu o projeto que fazia
parte do acordo firmado entre a
Socicam e a prefeitura no governo passado, do ex-prefeito
Welson Gasparini (PSDB).
Pelo acordo, a Socicam terá
mais 30 anos de concessão para
explorar o serviço em troca do
investimento na obra. O prazo
para que a empresa forneça o
relatório vence dia 26.
Para o engenheiro civil Roberto Maestrello, presidente da
Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão, a prefeitura precisa avaliar detalhadamente o contrato. "Se a empresa realmente
não cumpriu o que estava previsto, o período de concessão
tem que ser reduzido."
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