Ribeirão Preto, Quinta-feira, 12 de Novembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Socicam nega que Câmara tenha feito contato

Vereadores aprovaram anteontem a criação de uma CPI para investigar a obra de reforma do terminal

DA FOLHA RIBEIRÃO

A Socicam, empresa que administra a rodoviária de Ribeirão, disse ontem que não foi procurada pela Câmara para prestar esclarecimentos sobre a reforma ocorrida no terminal. Anteontem à noite, a Câmara aprovou pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre a obra.
O pedido foi apresentado pelo vereador Oliveira Júnior (PSC), que afirmou que a Socicam foi chamada mais de uma vez para prestar esclarecimentos, mas nunca compareceu. A assessoria de imprensa da Socicam disse que a empresa não recebeu nenhum tipo de pedido de dados ou notificação.
Ainda de acordo com a assessoria, a reforma da rodoviária é considerada concluída pela empresa, embora o saguão de entrada e os boxes comerciais continuem com a mesma aparência que tinham antes.
A Socicam diz que o saguão é uma área do condomínio e não do terminal rodoviário. Segundo a empresa, a reforma custou cerca de R$ 10 milhões.
Além da CPI na Câmara, a prefeitura também criou uma comissão para auditar a reforma. O secretário do Planejamento e Gestão Pública, Ivo Colichio Júnior, disse que o trabalho da comissão ainda não foi concluído. "Mas é de interesse nosso, pois precisamos saber o que aconteceu lá."
Já o diretor do Departamento de Desenvolvimento Socioeconômico da prefeitura, Renato Pires da Silva Filho, que coordena a comissão, disse que foi dado um prazo de 30 dias para que a Socicam forneça uma lista detalhada do que foi feito durante a reforma.
Com esse relatório em mãos, a comissão vai verificar se a obra seguiu o projeto que fazia parte do acordo firmado entre a Socicam e a prefeitura no governo passado, do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB).
Pelo acordo, a Socicam terá mais 30 anos de concessão para explorar o serviço em troca do investimento na obra. O prazo para que a empresa forneça o relatório vence dia 26.
Para o engenheiro civil Roberto Maestrello, presidente da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão, a prefeitura precisa avaliar detalhadamente o contrato. "Se a empresa realmente não cumpriu o que estava previsto, o período de concessão tem que ser reduzido."


Texto Anterior: Em volume menor, situação se repete em outras cidades
Próximo Texto: Região perde R$ 1,06 bilhão em exportações neste ano
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.