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Técnico troca ônibus por moto e se dá bem
DA FOLHA RIBEIRÃO
Marcelo andava a pé e achava
que assim estava mal. De um
ônibus a outro, para ele era o
fim. "Então eu percebi que
compensava pagar R$ 120 por
mês no financiamento de uma
moto do que gastar R$ 4,40 por
dia em passagens de ônibus",
disse o técnico em informática
Marcelo Henrique Azevedo,
26, que, assim como na famosa
letra dos Paralamas do Sucesso,
"Vital e sua Moto", "passou a se
sentir total".
A principal mudança, segundo Azevedo, é a possibilidade
de chegar ao trabalho mais rapidamente, além de ter um veículo próprio nos finais de semana. "Posso sair de casa mais
tarde, sei exatamente o tempo
que vou levar. Não dependo de
ônibus atrasado e lotado."
No centro da cidade, são três
as principais críticas ao sistema
de transporte coletivo: os atrasos, os veículos lotados e o valor
da tarifa. "O que eu posso fazer?
Não gosto de moto, acho perigoso demais, e não tenho dinheiro para dar entrada em um
carro. Por enquanto, sigo de
ônibus", disse a vendedora Mônica de Paula, 23.
O balconista Marco Antônio
Passos, 31, disse que não vê
muitos problemas no transporte coletivo. Reclama, apenas, da
falta de conforto do ônibus. "Lá
pelas seis da tarde é um inferno
e isso acaba atrasando a viagem. Talvez fosse necessário
mais veículos", disse.
Já a cozinheira Maria Cristina Rosa, 41, afirmou que tenta
fazer da rotina diária no ônibus
uma atividade prazerosa. "Não
me preocupo com o trânsito,
vou vendo o movimento, batendo papo ou lendo um livro."
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