Ribeirão Preto, Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

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Técnico troca ônibus por moto e se dá bem

DA FOLHA RIBEIRÃO

Marcelo andava a pé e achava que assim estava mal. De um ônibus a outro, para ele era o fim. "Então eu percebi que compensava pagar R$ 120 por mês no financiamento de uma moto do que gastar R$ 4,40 por dia em passagens de ônibus", disse o técnico em informática Marcelo Henrique Azevedo, 26, que, assim como na famosa letra dos Paralamas do Sucesso, "Vital e sua Moto", "passou a se sentir total".
A principal mudança, segundo Azevedo, é a possibilidade de chegar ao trabalho mais rapidamente, além de ter um veículo próprio nos finais de semana. "Posso sair de casa mais tarde, sei exatamente o tempo que vou levar. Não dependo de ônibus atrasado e lotado."
No centro da cidade, são três as principais críticas ao sistema de transporte coletivo: os atrasos, os veículos lotados e o valor da tarifa. "O que eu posso fazer? Não gosto de moto, acho perigoso demais, e não tenho dinheiro para dar entrada em um carro. Por enquanto, sigo de ônibus", disse a vendedora Mônica de Paula, 23.
O balconista Marco Antônio Passos, 31, disse que não vê muitos problemas no transporte coletivo. Reclama, apenas, da falta de conforto do ônibus. "Lá pelas seis da tarde é um inferno e isso acaba atrasando a viagem. Talvez fosse necessário mais veículos", disse.
Já a cozinheira Maria Cristina Rosa, 41, afirmou que tenta fazer da rotina diária no ônibus uma atividade prazerosa. "Não me preocupo com o trânsito, vou vendo o movimento, batendo papo ou lendo um livro."


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