Ribeirão Preto, Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ribeirão vai filtrar urgências na saúde

Equipe atuará em três unidades básicas distritais para triar pacientes e encaminhar casos graves com maior rapidez

Promotor de Ribeirão Preto afirma que, atualmente, paciente é recebido por escriturário, não por profissional da saúde

DA FOLHA RIBEIRÃO

Um acordo entre o Ministério Público Estadual e a Prefeitura de Ribeirão Preto vai criar uma equipe para triar pacientes e encaminhar para atendimento os casos de urgência. O serviço será implantado em três UBDS (Unidades Básicas Distritais de Saúde), com enfermeiros e equipamentos próprios, para aumentar a resolutividade dos problemas.
O serviço passa a funcionar em maio de 2009. A pré-seleção irá hierarquizar pacientes graves, enviar dados on-line aos hospitais e solicitar no mesmo instante a vaga para internação. A intenção é evitar cenas de vítimas de infarto, por exemplo, esperando sentadas por atendimento.
A implantação do serviço, chamado de "acolhimento com classificação de risco", será custeada pela Fundação Waldemar Barnsley Pessoa, de Ribeirão Preto. A entidade também participou da assinatura do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), na última terça-feira, com o Ministério Público Estadual.
O projeto-piloto será criado nas três UBDS que têm convênio com universidades: a do Sumarezinho, administrada pela USP (Universidade de São Paulo), a do Castelo Branco, pela Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), e a do Quintino Facci 2, pelo Centro Universitário Barão de Mauá.
A intenção é estender o projeto a todas as distritais. A equipe terá um enfermeiro e dois auxiliares de enfermagem, com supervisão de um médico.
Cada grupo terá um aparelho de eletrocardiograma. Segundo o médico José Sebastião dos Santos, que representa a fundação, todos os pacientes passarão pela triagem. "Quem tiver fortes dores no peito, fará o exame no ato." Os dados irão via on-line para o Centro de Dor Torácica da USP.
O promotor Sebastião Sérgio da Silveira disse que hoje o atendimento é por ordem de chegada, em uma "fila única e burra". "Hoje, quem recebe o paciente é um escriturário, não um profissional de saúde."
O secretário Oswaldo Cruz Franco (Saúde) disse que o sistema está em aperfeiçoamento. "Mas até o atendimento nas unidades da USP, das universidades, tem problemas." (JULIANA COISSI)


Texto Anterior: Pesquisa: Usar carro é 23% mais caro que ônibus
Próximo Texto: Pacientes crônicos abrigados em ONG terão verba de R$ 1,1 mi, prevê acordo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.