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Ribeirão vai filtrar urgências na saúde
Equipe atuará em três unidades básicas distritais para triar pacientes e encaminhar casos graves com maior rapidez
Promotor de Ribeirão Preto afirma que, atualmente, paciente é recebido por escriturário, não por profissional da saúde
DA FOLHA RIBEIRÃO
Um acordo entre o Ministério Público Estadual e a Prefeitura de Ribeirão Preto vai criar
uma equipe para triar pacientes e encaminhar para atendimento os casos de urgência. O
serviço será implantado em
três UBDS (Unidades Básicas
Distritais de Saúde), com enfermeiros e equipamentos próprios, para aumentar a resolutividade dos problemas.
O serviço passa a funcionar
em maio de 2009. A pré-seleção irá hierarquizar pacientes
graves, enviar dados on-line
aos hospitais e solicitar no mesmo instante a vaga para internação. A intenção é evitar cenas
de vítimas de infarto, por
exemplo, esperando sentadas
por atendimento.
A implantação do serviço,
chamado de "acolhimento com
classificação de risco", será custeada pela Fundação Waldemar Barnsley Pessoa, de Ribeirão Preto. A entidade também
participou da assinatura do
TAC (Termo de Ajustamento
de Conduta), na última terça-feira, com o Ministério Público
Estadual.
O projeto-piloto será criado
nas três UBDS que têm convênio com universidades: a do Sumarezinho, administrada pela
USP (Universidade de São Paulo), a do Castelo Branco, pela
Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), e a do Quintino
Facci 2, pelo Centro Universitário Barão de Mauá.
A intenção é estender o projeto a todas as distritais. A equipe terá um enfermeiro e dois
auxiliares de enfermagem, com
supervisão de um médico.
Cada grupo terá um aparelho
de eletrocardiograma. Segundo
o médico José Sebastião dos
Santos, que representa a fundação, todos os pacientes passarão pela triagem. "Quem tiver
fortes dores no peito, fará o
exame no ato." Os dados irão
via on-line para o Centro de
Dor Torácica da USP.
O promotor Sebastião Sérgio
da Silveira disse que hoje o
atendimento é por ordem de
chegada, em uma "fila única e
burra". "Hoje, quem recebe o
paciente é um escriturário, não
um profissional de saúde."
O secretário Oswaldo Cruz
Franco (Saúde) disse que o sistema está em aperfeiçoamento.
"Mas até o atendimento nas
unidades da USP, das universidades, tem problemas."
(JULIANA COISSI)
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