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CIÊNCIA
USP e polícia firmam parceria para traçar "DNA" das drogas
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Uma parceria entre o Departamento de Química da
USP de Ribeirão Preto e o
Instituto de Criminalística,
ligado à SSP (Secretaria de
Estado da Segurança Pública), vai ajudar pesquisadores
a descobrir o "DNA" das
drogas ilícitas que circulam
na região.
No convênio, que deve ser
formalizado até meados de
2009, alunos e docentes do
curso de química forense da
USP utilizarão a estrutura da
universidade para realizar
exames solicitados pela polícia, alguns que antes só podiam ser feitos em São Paulo
e levavam mais de 20 dias para serem concluídos.
Em troca, receberão autorização para usar as amostras de drogas apreendidas
como material de pesquisa.
Porções de drogas para pesquisa, autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), podem custar até R$ 1.200.
"Fazendo análises dos
componentes de cada
apreensão de droga, saberemos quantos fornecedores
diferentes atuam na região",
afirmou o professor Marcelo
Firmino de Oliveira, um dos
organizadores do 1º Encontro Nacional de Química Forense, que acontece até amanhã em Ribeirão Preto.
Trabalho semelhante foi
concluído em 2005 pelo diretor do Ceap (Centro de
Exames Análises e Pesquisas) de SP, Osvaldo Negrini
Neto, que detectou cinco
fontes de origem da maconha consumida em SP. "É
um trabalho a longo prazo,
mas, com a estrutura da USP
vinculada às informações da
polícia, pode ser feito pela
primeira vez no interior",
disse Negrini, que desenvolve trabalho para identificar
fornecedores de ecstasy.
O curso de química forense da USP, único do Brasil,
forma a primeira turma neste ano, o que fez a cidade sediar o encontro, no qual foram expostos 50 trabalhos
sobre o uso da química para
desvendar crimes.
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