|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Aluguel alavanca inflação em Ribeirão
Índice chegou a 0,30% em novembro, segundo o IPC/Fipe/Moura Lacerda, graças a altas na habitação
MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os custos envolvendo a habitação -principalmente aluguel- foram os responsáveis
pela inflação de 0,30% registrada em novembro em Ribeirão
Preto. Segundo o IPC/Fipe/
Moura Lacerda, os aumentos
de preços dos aluguéis, computadores, máquinas de lavar roupa e forno de microondas provocaram esse índice.
A situação poderia ser diferente caso não houvesse o receio dos consumidores, em razão da crise que atingiu a partir
do segundo semestre os mercados mundiais, na avaliação da
economista Andréia Tonani, do
Nepe (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas), responsável pelo levantamento mensal
do índice na cidade.
"A crise mundial afetou de
duas formas. Os eletroeletrônicos em habitação tiveram aumento, como computador e
máquina de lavar. Há elementos que mostram que o câmbio
afetou alguns segmentos, mas
predominou no índice o efeito
contrário da crise", disse.
Entre os dez itens que mais
subiram em novembro estão,
também, os alimentos, como
mamão, contrafilé e tomate.
"Os preços dos alimentos
voltaram a ter aumento, mas
estão desacelerando. O destaque ficou com as carnes vermelhas. No geral, as pessoas estão
receosas para comprar, mas
também há menos crédito disponível. Essa redução no índice, de 0,40% para 0,30%, mostra o lado recessivo da crise,
porque isso aconteceu em pleno fim de ano", afirmou.
De acordo com a economista,
mesmo em dezembro a economia não deve apresentar "grandes saltos" em Ribeirão Preto e
a inflação do ano deve ser inferior à do ano passado (leia texto
nesta página).
Na outra ponta do levantamento, a queda de 1,65% no
preço dos automóveis novos
causou o maior impacto do
mês, seguido pelo pão (-2,09%)
e manga (-25,4%).
Para os consumidores ouvidos pela Folha, os preços dos
alimentos continuam sendo o
principal obstáculo no dia-a-dia. "A gente já esperava que
fosse ter um aumento por causa do Natal, porque tudo sobe
nesta época do ano. Mas é aumento em cima de aumento,
parece que não acaba mais",
afirmou a dona-de-casa Jandira Mendes.
Para a também dona-de-casa
Hilda Souza Lemes, o consumidor precisa ficar atento para
economizar.
"Tem que ficar olhando que
marca está mais barata. Se uma
subiu, troca pela outra, é um
jeito de tentar gastar menos",
afirmou.
Texto Anterior: Shopping vai derrubar a obra que foi interditada Próximo Texto: Recuo: Índice acumulado de 2008 deve ser inferior ao do ano passado Índice
|