Área do RibeirãoShopping sofreu embargo após acidente matar pedreiro

Proposta aceita ontem pela Justiça partiu do centro de compras; nova praça de alimentação ficará pronta em 120 dias

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
ELIANE SILVA
EDITORA DA FOLHA RIBEIRÃO

O RibeirãoShopping irá demolir toda a área já construída da nova praça de alimentação.
A obra foi interditada pela Justiça de Ribeirão Preto depois que uma laje de concreto desabou e matou um trabalhador no dia 28 de agosto -outros quatro sofreram ferimentos leves. A proposta da demolição partiu do próprio shopping.
A decisão foi formalizada na última terça-feira em um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado pelo advogado do RibeirãoShopping Reinaldo de Oliveira Rocha e pelo promotor da Cidadania, Sebastião Sérgio da Silveira. Ontem, a Justiça homologou o termo e suspendeu o embargo.
Caso não cumpra seu compromisso, o shopping terá de pagar uma multa de R$ 10 mil. Segundo o TAC, o shopping terá que elaborar um novo projeto e "tomar todas as cautelas e precauções necessárias para garantir a plena estabilidade das estruturas".
Segundo o promotor, a assinatura do TAC foi possível porque os peritos da USP (Universidade de São Carlos) de São Carlos solicitados pela Justiça entregaram documento liberando a área de mais visitas -o laudo, entretanto, ainda não está pronto. "Se não fosse a demolição, eu esperaria o laudo."
O superintendente do RibeirãoShopping, Marcelo Muniz, 55, afirmou que as fundações da obra serão mantidas. "Talvez nem precisasse derrubar tudo, mas optamos por ganhar tempo porque os peritos iam demorar para liberar tudo."
A nova praça de alimentação deveria ficar pronta neste mês -seria inaugurada junto com as lojas da quinta etapa de expansão. Segundo Muniz, o prejuízo com a demolição não é grande porque só estavam prontos os pilares, faltando as lajes e todo o acabamento. "O prejuízo maior é que as lojas já poderiam estar pagando aluguel." A área deve ser inaugurada depois de 120 dias do início das obras.


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