COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

O litro do álcool vendido a R$ 1, algo comum de ser encontrado no início de 2009, já ficou no passado, segundo o diretor da Unica, Sérgio Prado.
Dados da ANP mostram que, desde fevereiro de 2008, o consumo de álcool por automóveis ultrapassou o da gasolina no país. O período coincidiu com o início da crise financeira mundial, quando as usinas encontravam dificuldades para obter crédito e aumentar a produção. Antes de 2008, elas trabalharam com margens de lucro menores e com uma produção acima da demanda.
"Era comum, até o início do ano passado, o litro de álcool ser vendido a menos de R$ 1, mas agora o cenário mudou. Com o sucesso dos carros bicombustíveis, o consumo aumentou significativamente e atualmente é maior do que o estoque", diz Prado.
Ele afirma que se trata de um processo de ajustamento dos preços que inverteu a relação entre oferta e procura no país.
Outro fator que prejudicou a produção foi a alta do açúcar no mercado externo. Muitas usinas preferiram produzir menos combustível e lucrar com a exportação de açúcar.
Segundo Prado, é impossível prever os preços futuros, mas o álcool não deve ficar abaixo R$ 1. "Se a maioria mudar para gasolina, o preço do álcool vai ser forçado a cair."
A maioria das usinas da região deve iniciar a safra em março, o que pode conter os aumentos no preço e ainda resultar em ligeiras quedas no valor, diz Prado.


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