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Dona de casa eleva sua renda e pede para deixar o programa
DA FOLHA RIBEIRÃO
Por três anos, a dona de casa
Nilva Aparecida Dias Domingos, 47, não pôde abrir mão do
benefício de R$ 30 do Bolsa Família. Moradora do Jardim Aeroporto, periferia de Ribeirão,
ela sobrevivia passando roupa,
um trabalho que lhe garantia de
R$ 200 a R$ 250 por mês.
O benefício era usado para
pagar o curso de informática do
filho. Mas, todo mês, ela reserva R$ 10 do benefício para
montar o próprio negócio.
Há um ano, instalou na garagem de casa um comércio de
geladinhos, balas e doces que
são vendidos para os alunos da
escola municipal Jaime Monteiro de Barros, que fica a cem
metros de sua casa.
A procura dos alunos é grande: em um só dia, a dona-de-casa e mais nova "empresária" diz
que chega a vender 40 geladinhos. A nova atividade lhe rende R$ 350 por mês. Com o "salto" na renda da família, há um
mês, Nilva pediu à assistente
social de seu bairro para ser
desligada do Bolsa Família.
"Na época em que eu estava
desempregada, esse dinheiro
do Bolsa me ajudou bastante,
agradeço muito. Mas, agora que
eu estou meio que legalizada e
meu filho está trabalhando, isso pode ajudar outras famílias",
disse Nilva.
Janaína Tolentino de Almeida, 26, conseguiu sair do programa há um ano e meio, mas
pelo mercado formal: passou
em um concurso e trabalha como auxiliar de serviço no HC
(Hospital das Clínicas).
Quando fez inscrição no Bolsa Família, seis meses antes de
obter o emprego, a situação de
Janaína era complicada: morava numa casa de fundos, no Jardim José Sampaio, estava desempregada e grávida de dois
meses. Ao fazer o acompanhamento da gestação no HC, soube da vaga de auxiliar. Prestou o
concurso e atualmente vive
com salário de R$ 970, incluindo gratificações. Assim que
conseguiu o emprego, avisou o
serviço de assistência social
que não precisava mais receber
o Bolsa Família.
"É boa a sensação de sair do
programa. Você percebe que
pode ir sozinha, porque não é
fácil depender só daquilo para
dar leite para as crianças."
(JC)
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