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Sem-teto dizem que ficarão em áreas invadidas até conseguirem moradias
RAQUEL ILIANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
RIBEIRÃO
As famílias de sem-teto que
mantêm três barracos numa
área pública ocupada há uma
semana no Jardim Progresso,
em Ribeirão Preto, disseram
ontem que irão permanecer
no local até que a prefeitura
providencie um lugar onde
possam morar.
Os invasores são monitorados pela Guarda Civil Municipal, que faz plantão 24 horas
por dia no terreno para evitar
que outras famílias se instalem no local ou para que
aquelas que já se instalaram
não ampliem seus barracos.
"Disseram que a gente pode
ficar aqui por enquanto, até
que achem um lugar melhor
para a gente morar. Nós [as
três famílias] ficamos aqui
porque o pessoal da prefeitura viu que não tínhamos para
onde ir e não fazemos parte
de movimento algum", disse
o pedreiro Leandro Ribeiro
Machado, 24.
Ele disse que está feliz onde
está. "Aqui eu já conheço todo
mundo e, se deixarem a gente
ficar, por mim tudo bem. Eu
já estou até colocando [luzes]
pisca-pisca no meu barraco.
Esses guardas aí fazem até
bem, porque eu tenho certeza
que ninguém irá pôr fogo no
meu barraco."
Há uma semana, um grupo
que se autodenominava Movimento Livre Nova Ribeirão,
composto por pelo menos 36
famílias, invadiu a área -a
maioria deixou o local após
negociar com a Guarda.
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