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Inflação cai, mas ainda é maior que em 2008
Entre os sete setores analisados, maior alta ocorreu em transportes, com 0,78%
Para os próximos meses, a expectativa em Ribeirão Preto é que a inflação fique estável ou até apresente queda, por causa da crise
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
A inflação registrada no mês
de fevereiro em Ribeirão Preto
foi de 0,11%, índice inferior ao
de janeiro (1,27%), mas superior ao do mesmo mês do ano
passado, quando houve deflação de 0,22%, segundo o IPC/
Fipe/Moura Lacerda.
O setor de transporte, que registrava deflação desde outubro de 2008, foi o vilão do mês,
com alta de 0,78%. O segundo
maior reajuste ocorreu em despesas pessoais: 0,45%.
"Estes preços haviam subido
mais que o esperado em janeiro. Portanto, era natural que
baixassem ou ficassem estáveis, como ocorreu. Até os setores que variaram, não o fizeram
com radicalidade", afirmou o
professor Anderson Romanello, responsável pela pesquisa.
Na lista de dez produtos que
mais contribuíram para o resultado, o álcool combustível,
cujo preço em março já recuou
e chegou a ficar abaixo de R$ 1,
liderou, com aumento de
11,58% em relação a janeiro.
"Em janeiro, o preço do álcool caiu muito. Por isso, mesmo sem um valor alto, o produto teve a maior variação do estudo", afirmou Romanello.
Os outros nove principais
responsáveis pelo índice positivo são alimentos. Nas contribuições negativas, o maior recuo em fevereiro foi nos aluguéis, que baixaram 1,03%, o
que era esperado por conta do
reajuste sazonal em janeiro.
O setor de vestuário, que teve
queda de 1,73%, contribuiu
com redução no preço das blusas (-4,74%), sapatos femininos
(-4,13%) e tênis (-1,72%).
A inflação é calculada com
base na importância dos itens
pesquisados para a maior parte
da população. Os produtos básicos têm peso maior.
Para os próximos meses, a
expectativa é de estabilidade e
até queda, devido à crise global.
"Com o consumo baixo, as empresas não conseguem repassar
os reajustes, o que segura um
pouco o preço", disse Luiz Guilherme Scorzafave, economista
da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão), da USP.
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