Ribeirão Preto, Sábado, 14 de Março de 2009

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Inflação cai, mas ainda é maior que em 2008

Entre os sete setores analisados, maior alta ocorreu em transportes, com 0,78%

Para os próximos meses, a expectativa em Ribeirão Preto é que a inflação fique estável ou até apresente queda, por causa da crise

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

A inflação registrada no mês de fevereiro em Ribeirão Preto foi de 0,11%, índice inferior ao de janeiro (1,27%), mas superior ao do mesmo mês do ano passado, quando houve deflação de 0,22%, segundo o IPC/ Fipe/Moura Lacerda.
O setor de transporte, que registrava deflação desde outubro de 2008, foi o vilão do mês, com alta de 0,78%. O segundo maior reajuste ocorreu em despesas pessoais: 0,45%.
"Estes preços haviam subido mais que o esperado em janeiro. Portanto, era natural que baixassem ou ficassem estáveis, como ocorreu. Até os setores que variaram, não o fizeram com radicalidade", afirmou o professor Anderson Romanello, responsável pela pesquisa.
Na lista de dez produtos que mais contribuíram para o resultado, o álcool combustível, cujo preço em março já recuou e chegou a ficar abaixo de R$ 1, liderou, com aumento de 11,58% em relação a janeiro.
"Em janeiro, o preço do álcool caiu muito. Por isso, mesmo sem um valor alto, o produto teve a maior variação do estudo", afirmou Romanello.
Os outros nove principais responsáveis pelo índice positivo são alimentos. Nas contribuições negativas, o maior recuo em fevereiro foi nos aluguéis, que baixaram 1,03%, o que era esperado por conta do reajuste sazonal em janeiro.
O setor de vestuário, que teve queda de 1,73%, contribuiu com redução no preço das blusas (-4,74%), sapatos femininos (-4,13%) e tênis (-1,72%).
A inflação é calculada com base na importância dos itens pesquisados para a maior parte da população. Os produtos básicos têm peso maior.
Para os próximos meses, a expectativa é de estabilidade e até queda, devido à crise global. "Com o consumo baixo, as empresas não conseguem repassar os reajustes, o que segura um pouco o preço", disse Luiz Guilherme Scorzafave, economista da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão), da USP.


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