Ribeirão Preto, Domingo, 14 de Novembro de 2010

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SP é destino ou origem de metade dos passageiros

51,6% dos que usaram o Leite Lopes em 2009 passaram pela capital

Especialista diz que perfil do turista local "alimenta" o trajeto, mas que é preciso reavaliar a malha aérea

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Do total de passageiros que foram transportados no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, no ano passado, a metade tinha como destino ou origem os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, na Grande São Paulo.
Dos 490 mil passageiros que embarcaram ou desembarcaram no Leite Lopes em 2009, 253 mil, ou 51,6%, tinham como origem ou o destino os aeroportos da capital.
Os dados são do Anuário Estatístico do Transporte Aéreo de 2009, que foi divulgado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
O documento revela que no ano passado houve embarque de passageiros de Ribeirão Preto para 25 destinos diferentes do país, totalizando 251.230 pessoas que tiveram o Leite Lopes como origem de suas viagens.
No topo da lista dos destinos mais utilizados está o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com 84.081 passageiros. O aeroporto de Guarulhos, que serve a capital, vem em segundo, com 42.144 passageiros.
No sentido contrário, dos 239.105 passageiros que tiveram o Leite Lopes como destino em 2009, a sequência é a mesma, tendo Congonhas, outra vez, em primeiro lugar.
A explicação para o alto fluxo entre Ribeirão-São Paulo está no número de voos que existem nesse trecho, operados por Passaredo, TAM e Pantanal. Só a companhia ribeirão-pretana tem cinco voos diários de Ribeirão para Guarulhos.
Para o professor e pesquisador da PUC-Campinas Josmar Cappa, economista especialista no setor aéreo, o perfil de Ribeirão e região, que tem como foco o turismo de negócios, justifica o volume de tráfego ligando o município a São Paulo.
O especialista afirma, porém, que a concentração de passageiros em um único trecho também mostra a necessidade de se repensar a distribuição das rotas consideradas regionais.
Para isso, segundo Cappa, o Brasil tem falta de um plano aeroviário nacional, para verificar a real demanda das diversas regiões do país.
O que tem acontecido, segundo Cappa, é que, sem um projeto capitaneado pelo governo federal, as próprias empresas aéreas têm procurado suprir a demanda em áreas onde encontram espaço, como, por exemplo, fez a Passaredo nos últimos meses, expandindo rotas para Recife e Porto Alegre.


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