|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
SP é destino ou origem de metade dos passageiros
51,6% dos que usaram o Leite Lopes em 2009 passaram pela capital
Especialista diz que perfil do turista local "alimenta" o trajeto, mas que é preciso reavaliar a malha aérea
LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
Do total de passageiros
que foram transportados no
aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, no ano passado, a metade tinha como destino ou origem os aeroportos
de Congonhas e Guarulhos,
na Grande São Paulo.
Dos 490 mil passageiros
que embarcaram ou desembarcaram no Leite Lopes em
2009, 253 mil, ou 51,6%, tinham como origem ou o destino os aeroportos da capital.
Os dados são do Anuário
Estatístico do Transporte Aéreo de 2009, que foi divulgado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
O documento revela que
no ano passado houve embarque de passageiros de Ribeirão Preto para 25 destinos
diferentes do país, totalizando 251.230 pessoas que tiveram o Leite Lopes como origem de suas viagens.
No topo da lista dos destinos mais utilizados está o aeroporto de Congonhas, em
São Paulo, com 84.081 passageiros. O aeroporto de Guarulhos, que serve a capital,
vem em segundo, com 42.144
passageiros.
No sentido contrário, dos
239.105 passageiros que tiveram o Leite Lopes como destino em 2009, a sequência é a
mesma, tendo Congonhas,
outra vez, em primeiro lugar.
A explicação para o alto
fluxo entre Ribeirão-São Paulo está no número de voos
que existem nesse trecho,
operados por Passaredo,
TAM e Pantanal. Só a companhia ribeirão-pretana tem
cinco voos diários de Ribeirão para Guarulhos.
Para o professor e pesquisador da PUC-Campinas Josmar Cappa, economista especialista no setor aéreo, o
perfil de Ribeirão e região,
que tem como foco o turismo
de negócios, justifica o volume de tráfego ligando o município a São Paulo.
O especialista afirma, porém, que a concentração de
passageiros em um único trecho também mostra a necessidade de se repensar a distribuição das rotas consideradas regionais.
Para isso, segundo Cappa,
o Brasil tem falta de um plano aeroviário nacional, para
verificar a real demanda das
diversas regiões do país.
O que tem acontecido, segundo Cappa, é que, sem um
projeto capitaneado pelo governo federal, as próprias
empresas aéreas têm procurado suprir a demanda em
áreas onde encontram espaço, como, por exemplo, fez a
Passaredo nos últimos meses, expandindo rotas para
Recife e Porto Alegre.
Texto Anterior: Painel Regional Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros
|