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SANEAMENTO
Prefeitura de Ribeirão vai anistiar multa de R$ 10 milhões por atraso para que Leão Leão assuma a construção de estações de esgoto
Jábali perdoa dívida de R$ 10 mi para ter estação
da Folha Ribeirão
O prefeito de Ribeirão Preto,
Luiz Roberto Jábali (PSDB), afirmou ontem que vai "perdoar"
uma dívida de R$ 10 milhões do
consórcio Ambient para a retomada das obras de duas estações de
tratamento de esgoto na cidade.
A condição foi imposta pelo Grupo Leão Leão, que acertou esta semana a compra da Ambient, consórcio que detém a concessão para
a construção das estações.
Com isso, a Leão Leão deve assumir, a partir de março, as obras
que estavam paralisadas há dois
anos.
O contrato de compra entre o
Grupo Leão Leão e a REK Construtora Ltda., dona da Ambient, será
assinado na segunda-feira.
"No fim deste mês apresentamos
uma proposta para retomar a obra,
conforme combinado com o prefeito", afirma Jonatas de Almeida
Soares Neto, diretor de concessões
do Grupo Leão Leão.
Ontem, Jábali afirmou que não
irá cobrar a multa de R$ 10 milhões
aplicada à Ambient por causa do
atraso na entrega da obra. "Em vez
de pagar a multa, ela (Ambient)
pode fazer outros serviços para a
cidade", afirmou o prefeito.
A multa é considerada o principal obstáculo para a retomada do
empreendimento, que hoje tem
um custo estimado em aproximadamente R$ 45 milhões.
"Só precisamos colocar todas as
garantias no papel antes de começar a construção das estações de
tratamento", disse o diretor de
concessões do Grupo Leão Leão.
Além de receber anistia da multa,
o grupo quer a garantia da prefeitura de que poderá explorar o serviço durante vinte anos. Isso porque a Ambient já perdeu quatro
anos com o atraso no cronograma
de trabalho.
A prefeitura, que deu a concessão do serviço, precisa autorizar a
troca do comando acionário da
Ambient, ganhadora da licitação.
A empresa paralisou a obra porque
não conseguiu empréstimos bancários.
Por causa disso, o prefeito não
pode entregar as 8.000 casas que
estão sendo construídas na Fazenda Baixadão.
O novo Código Ambiental, que
entrou em vigor no ano passado,
proíbe a liberação de novos loteamentos em cidades que não têm
estações de tratamento.
Hoje, o esgoto da cidade é jogado
direto no rio Pardo, contribuindo
para a poluição da região.
O Grupo Leão Leão terá como
parceiros o Banco Ribeirão Preto,
o Grupo Somague (português) e,
ainda dependendo de confirmação, a empresa americana CH2M-Hill -que era parceira da REK
Construtora Ltda.
De acordo com Soares Neto, fechado o acordo com a prefeitura
no fim deste mês, as obras serão retomadas em março.
Em setembro do ano 2.000 ficarão prontas as duas estações de
tratamento, conforme cronograma que já está pronto.
A Nova Ambient, como deve ser
chamada a empresa que assumirá
o tratamento de esgoto em Ribeirão Preto, tentará receber empréstimo junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Caixa Econômica Federal. Os novos sócios teriam
de desembolsar 30% do valor da
obra, equivalente a R$ 15 milhões.
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