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VIOLÊNCIA
Militar é suspeito de assassinar comerciante no último final de semana durante briga em bar de Ribeirão
Juiz decreta prisão preventiva de policial
da Folha Ribeirão
O juiz da Vara do Júri de Ribeirão
Preto Paulo César Gentile expediu
mandado de prisão preventiva
contra o policial militar Hamilton
César Cordeiro, acusado de matar
com um tiro o comerciante Benedito José Pinholi na madrugada do
último sábado.
O policial já estava preso administrativamente no batalhão da
Polícia Militar desde o último final
de semana e o prazo da prisão terminaria ontem.
Em depoimento à DIG (Delegacia de Investigações Gerais), o policial confessou que disparou um
tiro contra o comerciante em legítima defesa.
O requerimento pedindo a prisão preventiva do policial foi feito
anteontem pela promotora da Vara Criminal Ethel Cipele e foi acatado pela Justiça.
No dia do crime, a Polícia Militar
de Ribeirão Preto abriu uma sindicância para apurar o caso, junto
com a prisão do policial.
A sindicância ouviu várias testemunhas que estavam no bar, conhecido como "Bar do Bene", localizado na rua João Bim, no bairro Jardim Paulistano.
De acordo com o responsável pela sindicância, o tenente Jean
Charles Zanato, da sessão de Justiça e Disciplina do Comando de Policiamento, o policial disse anteriormente que havia sido agredido
pelo dono do bar, mas que foi embora do local sem dar nenhum tiro
de revólver.
"Ele disse em depoimento que
estava com um primo e um sobrinho no bar quando surgiu uma
briga ao seu lado", disse.
No entanto, em depoimento ao
inquérito comandado pelo delegado do setor de homicídios da DIG,
Sérgio Pereira, Cordeiro afirmou
que atirou no comerciante para se
defender.
"Ele disse que agiu em legítima
defesa, pois foi agredido com um
taco de bilhar pelo dono do bar."
De acordo com o delegado, a arma usada no crime pertencia à corporação da PM e foi recebida como
uma doação.
Pereira também afirmou que já
ouviu todas as testemunhas do caso. O mesmo ocorre com a sindicância da PM, que deverá estar finalizada dentro de 15 dias.
"Nenhuma testemunha disse que
viu o assassinato do comerciante,
mas confirmaram a briga", disse o
tenente Zanato.
De acordo com Zanato, o policial
deverá ser transferido hoje para o
presídio militar Romão Gomes,
em São Paulo, onde aguardará a finalização do inquérito e do possível processo na Justiça.
Além do processo na Justiça comum, o policial poderá receber
sanções de sua corporação.
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