Ribeirão Preto, Terça-feira, 16 de Fevereiro de 2010

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Patrulha da Guarda Civil recua 32% em Ribeirão

Foram 47,9 mil atendimentos a menos em 2009, comparado ao ano anterior

O superintendente da Guarda, André Tavares, disse que um curso de qualificação reduziu o efetivo no ano passado


DA FOLHA RIBEIRÃO

O número de patrulhas realizadas no ano passado pela GCM (Guarda Civil Municipal), incluindo as que são feitas em postos de saúde, praças e escolas, caiu 32% na comparação com 2008 -foram 47.913 a menos em 2009. De acordo com o superintendente da GCM, André Tavares, entre os motivos da queda está um curso de qualificação que tirou parte dos quadras das ruas.
"O curso de requalificação levou cerca de três meses e os guardas que participaram ficaram fora da escala", disse. Em média, as turmas foram formadas por grupos de 20 agentes que tiveram aulas durante 15 dias. No total, o efetivo da guarda tem 192 pessoas.
A maior queda nos números da GCM em 2009 foi nos patrulhamentos diversos (-38,1%). Em seguida vem o trabalho que é feito nas unidades de saúde (-29,1%), praças (-28,2%) e escolas (-19,7%).
Um dos itens que teve acréscimo foi o número de flagrantes: foram 22 no ano passado, ante 14 em 2008. Para Tavares, isso demonstra o empenho da instituição em qualidade. "Não adianta fazer um número elevado [de patrulhas] de qualquer jeito. Estamos orientando a equipe para ir ao local, descer da viatura, conversar com as pessoas, e não só dar aquela passada", afirmou.
Para o vereador Samuel Zanferdini, que também é delegado de polícia, o efetivo da GCM deveria ser maior. "O contingente é muito pequeno. Precisaria, no mínimo, ser o dobro. Sertãozinho, que é uma cidade menor, tem o mesmo número de guardas", afirmou.
Zanferdini disse que a falta de guardas em Ribeirão atrapalha o rendimento da equipe. "O número de escolas e postos de saúde aumenta, e a GCM não acompanha", afirmou.
Para a enfermeira da UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) do Quintino Carmelita Zanin Felix, que está substituindo o gerente da unidade, o aumento de agentes melhoraria a segurança. "Quanto mais efetivo, melhor. Já tivemos caso de agressões a atendentes, médicos, enfermeiros. São situações que acontecem. Os guardas ajudam a acalmar, abrandar os ânimos", disse.
Desde o fim de 2009, a UBDS do Quintino é monitorada por câmeras o que, segundo a enfermeira, agiliza a ação da GCM. "O acesso ficou mais rápido em caso de conflito."


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