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Grupo apura supostas ameaças de PM a jovem
Comissão se reunirá com delegado e comandante da PM para discutir caso de jovem baleado em março
DA FOLHA RIBEIRÃO
Integrantes da Comissão
Teotônio Vilela de Direitos Humanos estarão em Sertãozinho
na segunda-feira para apurar a
denúncia de supostas ameaças
feitas por policiais militares
contra um adolescente e sua família. A comissão afirma que
também já notificou a Ouvidoria da Polícia Militar sobre o fato e a visita que ocorrerá.
O caso envolve um jovem de
15 anos que, em março, foi baleado. A polícia diz que o adolescente foi atingido durante
uma troca de tiros, em uma
perseguição depois de uma tentativa de assalto. A advogada
que representa o jovem e sua
família, por sua vez, alega que o
adolescente não atirou.
"Antes mesmo disso ele já vinha sofrendo ameaças de policiais", afirmou a advogada Eugênia Maria Mauri Gianni.
Segundo a advogada, o jovem
está internado na Santa Casa de
Sertãozinho desde que foi baleado. Gianni afirmou que, depois do ocorrido, ela e a mãe do
adolescente passaram a ser
ameaçadas por policiais militares. "Nós estamos com medo,
porque as ameaças continuaram", disse. A razão das supostas ameaças não foi revelada.
De acordo com Gianni, o jovem que foi baleado está sendo
acompanhado durante 24 horas por dia por familiares, porque, segundo ela, outras ameaças direcionadas ao adolescente também continuaram.
"É um caso que nos preocupa
bastante, porque a família e o
jovem estariam sendo ameaçados por policiais militares há
um tempo. Por isso vamos à cidade", disse ontem a advogada
Ana Lívia Arida, secretária-executiva da Comissão Teotônio
Vilela de Direitos Humanos.
Ela disse que na próxima segunda a comissão vai se reunir
com autoridades policiais de
Sertãozinho, como o delegado
seccional Cláudio Ottoboni, e o
tenente-coronel Fernando
Luís Bragatto, comandante do
batalhão da PM na cidade.
A advogada da família também será ouvida pela comissão,
que afirma já ter notificado a
OAB de Sertãozinho e de Ribeirão Preto sobre o assunto.
Segundo Ottoboni, a Polícia
Civil instaurou um inquérito,
que ainda não foi concluído, para apurar o caso. Bragatto disse
que também há um inquérito
interno na Polícia Militar sobre
o assunto. "Mas ainda está sendo apurado", disse o comandante da PM.
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