Ribeirão Preto, Sexta-feira, 16 de Abril de 2010

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Grupo apura supostas ameaças de PM a jovem

Comissão se reunirá com delegado e comandante da PM para discutir caso de jovem baleado em março

DA FOLHA RIBEIRÃO

Integrantes da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos estarão em Sertãozinho na segunda-feira para apurar a denúncia de supostas ameaças feitas por policiais militares contra um adolescente e sua família. A comissão afirma que também já notificou a Ouvidoria da Polícia Militar sobre o fato e a visita que ocorrerá.
O caso envolve um jovem de 15 anos que, em março, foi baleado. A polícia diz que o adolescente foi atingido durante uma troca de tiros, em uma perseguição depois de uma tentativa de assalto. A advogada que representa o jovem e sua família, por sua vez, alega que o adolescente não atirou.
"Antes mesmo disso ele já vinha sofrendo ameaças de policiais", afirmou a advogada Eugênia Maria Mauri Gianni.
Segundo a advogada, o jovem está internado na Santa Casa de Sertãozinho desde que foi baleado. Gianni afirmou que, depois do ocorrido, ela e a mãe do adolescente passaram a ser ameaçadas por policiais militares. "Nós estamos com medo, porque as ameaças continuaram", disse. A razão das supostas ameaças não foi revelada.
De acordo com Gianni, o jovem que foi baleado está sendo acompanhado durante 24 horas por dia por familiares, porque, segundo ela, outras ameaças direcionadas ao adolescente também continuaram.
"É um caso que nos preocupa bastante, porque a família e o jovem estariam sendo ameaçados por policiais militares há um tempo. Por isso vamos à cidade", disse ontem a advogada Ana Lívia Arida, secretária-executiva da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos.
Ela disse que na próxima segunda a comissão vai se reunir com autoridades policiais de Sertãozinho, como o delegado seccional Cláudio Ottoboni, e o tenente-coronel Fernando Luís Bragatto, comandante do batalhão da PM na cidade.
A advogada da família também será ouvida pela comissão, que afirma já ter notificado a OAB de Sertãozinho e de Ribeirão Preto sobre o assunto.
Segundo Ottoboni, a Polícia Civil instaurou um inquérito, que ainda não foi concluído, para apurar o caso. Bragatto disse que também há um inquérito interno na Polícia Militar sobre o assunto. "Mas ainda está sendo apurado", disse o comandante da PM.


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