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Exportação na região cai 25% em abril
Juntas, as dez maiores cidades venderam, no último mês, US$ 232 mi; em Batatais, recuo chegou a 97%
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Um mês depois da primeira
alta no período de crise, o valor
arrecadado pelas exportações
das dez maiores cidades da região voltou a ter queda acentuada em abril, desta vez de
25%, em relação ao mesmo mês
do ano passado, de acordo com
dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Em abril deste ano foram
vendidos US$ 232,4 milhões,
contra US$ 309,9 milhões em
abril de 2008.
Dos dez municípios analisados, sete tiveram quedas bruscas e apenas dois (Sertãozinho
e Jaboticabal), crescimento.
Com vendas de cerca de R$ 25
milhões, Ribeirão Preto se
manteve estável em relação ao
ano passado, com alta de 1,2%.
O mês de março deste ano teve alta de 14% em relação ao
mesmo período de 2008, o primeiro resultado positivo desde
novembro, mês em que a crise
se acentuou no país. Em janeiro, a queda foi de 20,4% e, em
fevereiro, chegou a 28%.
Em abril, as maiores quedas
foram em Batatais e Bebedouro. Na primeira, as exportações
despencaram 97%, de R$ 3,3
milhões para R$ 82 mil. A Jumil, fábrica de implementos
agrícolas responsável por boa
parte das vendas em Batatais,
não crê em desespero.
"Houve uma antecipação de
pedidos por parte de alguns dos
nossos principais compradores, como México e Venezuela.
Abril ficou entre as duas levas
de pedidos", disse o gerente comercial Flávio Trezza Santos.
Em Bebedouro, a queda foi
de US$ 33 milhões para US$ 11
milhões, ou 65%, um reflexo do
fechamento da Citrosuco, uma
das principais fabricantes de
suco de laranja do Brasil.
"A fábrica vai fazer falta. Historicamente, as cidades citricultoras sempre tiveram altos
índices de desenvolvimento social e Bebedouro perde isso",
disse o presidente da Associtrus (Associação Brasileira de
Citricultores), Flávio Viegas.
O sucesso de Sertãozinho, a
indústria de base do setor sucroalcooleiro, não foi determinante para o bom resultado, segundo Mário Garrefa, presidente do Ceise (Centro das Indústrias de Sertãozinho).
"Nosso setor não está tão
bom assim. A venda de álcool e
açúcar, que voltou a crescer, teve mais importância", afirmou
Garrefa.
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