Ribeirão Preto, Sábado, 16 de Maio de 2009

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Exportação na região cai 25% em abril

Juntas, as dez maiores cidades venderam, no último mês, US$ 232 mi; em Batatais, recuo chegou a 97%

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

Um mês depois da primeira alta no período de crise, o valor arrecadado pelas exportações das dez maiores cidades da região voltou a ter queda acentuada em abril, desta vez de 25%, em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Em abril deste ano foram vendidos US$ 232,4 milhões, contra US$ 309,9 milhões em abril de 2008.
Dos dez municípios analisados, sete tiveram quedas bruscas e apenas dois (Sertãozinho e Jaboticabal), crescimento. Com vendas de cerca de R$ 25 milhões, Ribeirão Preto se manteve estável em relação ao ano passado, com alta de 1,2%.
O mês de março deste ano teve alta de 14% em relação ao mesmo período de 2008, o primeiro resultado positivo desde novembro, mês em que a crise se acentuou no país. Em janeiro, a queda foi de 20,4% e, em fevereiro, chegou a 28%.
Em abril, as maiores quedas foram em Batatais e Bebedouro. Na primeira, as exportações despencaram 97%, de R$ 3,3 milhões para R$ 82 mil. A Jumil, fábrica de implementos agrícolas responsável por boa parte das vendas em Batatais, não crê em desespero.
"Houve uma antecipação de pedidos por parte de alguns dos nossos principais compradores, como México e Venezuela. Abril ficou entre as duas levas de pedidos", disse o gerente comercial Flávio Trezza Santos.
Em Bebedouro, a queda foi de US$ 33 milhões para US$ 11 milhões, ou 65%, um reflexo do fechamento da Citrosuco, uma das principais fabricantes de suco de laranja do Brasil.
"A fábrica vai fazer falta. Historicamente, as cidades citricultoras sempre tiveram altos índices de desenvolvimento social e Bebedouro perde isso", disse o presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores), Flávio Viegas.
O sucesso de Sertãozinho, a indústria de base do setor sucroalcooleiro, não foi determinante para o bom resultado, segundo Mário Garrefa, presidente do Ceise (Centro das Indústrias de Sertãozinho).
"Nosso setor não está tão bom assim. A venda de álcool e açúcar, que voltou a crescer, teve mais importância", afirmou Garrefa.


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