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Sob tensão, Nuporanga espera decisão da Marfrig
Grupo compra a Seara, que emprega 2.500 na cidade
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Cerca de 2.500 funcionários
da Seara em Nuporanga aguardam sob tensão o destino da
unidade local, uma das compradas pela Marfrig, cujo anúncio foi feito ontem, por documento distribuído a acionistas.
Sete unidades da Seara, que
eram da Cargill, foram vendidos por US$ 1,7 bilhão. A negociação inclui a fábrica de Nuporanga, a única de grande porte
na região -dos 2.500 empregos, 800 são ocupados por trabalhadores da própria cidade.
"Se considerarmos que cada
trabalhador tem de dois a três
familiares, é uma parcela significativa da cidade que depende
diretamente da empresa, acho
que 25% da população. Há empregos indiretos, como é o caso
dos fornecedores de frango",
afirmou o prefeito de Nuporanga, Aristides Silva Goes (PTB).
A cidade tem população estimada de 7.000 habitantes.
A Marfrig disse ontem que
não vai se posicionar sobre possíveis mudanças. Também não
foi divulgado o valor pago por
fábrica. A Seara, via assessoria,
informou que os 2.500 funcionários atuam em Nuporanga
no processamento de aves.
Goes disse acreditar que os
empregos serão mantidos e que
uma demissão em massa afetaria toda a região. "A arrecadação do ICMS [Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e
Serviços] da unidade responde
de 20% a 30% do total que o
município recebe. Seria um impacto sério, mas não deve ocorrer porque o investimento da
empresa [Marfrig] foi alto."
A indústria funciona na cidade há mais de 20 anos e trocou
de dono outras vezes. Desde
2005, a fábrica era administrada pela Cargill.
(LIGIA SOTRATTI)
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