VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Um grupo de integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) ocupou ontem por cerca de cinco horas a entrada da Superintendência Estadual do Banco do Brasil, que fica em um edifício dentro do complexo do RibeirãoShopping, na zona sul de Ribeirão Preto.
Eles reivindicavam o pagamento de R$ 8 mil que restavam do auxílio-moradia de R$ 15 mil dado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a cada uma das 264 famílias do assentamento Mário Lago, na zona leste da cidade.
Durante todo o período em que permaneceram em frente ao prédio, os sem-terra foram observados de perto por oito policiais militares.
A PM foi chamada para conter possíveis ações de vandalismo, porém, durante a manifestação, não houve registro de ocorrências.
Segundo os assentados, o pagamento está atrasado há cerca de 15 dias e havia uma garantia de liberação. Como o dinheiro não saiu, resolveram fazer a manifestação.
Após permanecer por quase quatro horas em frente ao prédio, eles foram informados pela direção do banco que o Incra ainda não havia liberado o recurso. À Folha a direção do Banco do Brasil confirmou a posição.
Em assembleia, os sem-terra decidiram voltar para o assentamento e discutir qual ação tomariam contra a direção do Incra. Até o fechamento desta edição, o Incra não havia se manifestado sobre o pagamento integral.


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