Ribeirão Preto, Sábado, 16 de Outubro de 2010

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Credores adiam por 6 meses leilão da Albertina

Usina de Sertãozinho está em um processo de recuperação judicial

Segundo o gestor da usina, dívida vinculada ao plano de recuperação caiu de R$ 245 milhões para R$ 144 milhões

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Credores da usina Albertina, de Sertãozinho, aprovaram em assembleia ontem de manhã, em Ribeirão Preto, o adiamento do leilão judicial da empresa. Previsto inicialmente para novembro, o leilão foi adiado por seis meses.
O leilão era uma das alternativas previstas no plano de recuperação judicial da Albertina, que foi aprovado em maio do ano passado.
Com dívidas estimadas em R$ 245 milhões, o plano definiu que, se a usina não fosse comprada por seus principais credores, iria a leilão judicial em 18 meses. O prazo venceria em novembro.
Nesse leilão, a Justiça poderia selecionar uma parcela dos ativos da usina que não possuem dívidas e, com a venda desse patrimônio, liquidar os débitos existentes.
"Ocorre que, neste momento, ao fazer esse destaque, eu faço com que a empresa valha menos do que se eu fosse vendê-la por completo", afirmou Marcelo Milliet, gestor interino da usina.
Por isso, a proposta de adiamento do leilão foi apresentada aos credores e aprovada. A expectativa é que a usina seja vendida antes de o novo prazo de seis meses expirar. "A usina está praticamente pronta para uma solução final", afirmou.
O que reforça essa expectativa, segundo o gestor, é que a usina já liquidou as dívidas de 70% dos credores -eram cerca de 700 e agora são 120. Em valores, disse, a dívida de R$ 245 milhões caiu para cerca de R$ 144 milhões.
A dívida, acrescida dos débitos tributários que não fazem parte da recuperação judicial, já é praticamente equivalente ao valor de mercado da usina, que segundo Milliet varia de US$ 120 milhões a US$ 150 milhões.
No caso da produção, a Albertina deve encerrar a safra atual em novembro com cerca de 1,3 milhão de toneladas de cana moídas.


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