Ribeirão Preto, Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2009

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Trabalhadores deixam Dobrada depois da safra e "aliviam" prefeitura

DA FOLHA RIBEIRÃO

Na tarde de ontem, quatro ônibus de trabalhadores rurais partiram de Dobrada rumo ao Nordeste. Havia pernambucanos, maranhenses e alagoenses. A partida acontece após mais uma safra.
Eles aliviarão a situação da prefeitura, que na entressafra, entre dezembro e março, sofre com a maior demanda por assistência social e serviços de saúde, segundo o prefeito Emídio Bernando do Nascimento Júnior.
Em Dobrada, a participação da população pobre no município estava em 6,6% até 2007 -o maior da região. Eles eram 538 entre 8.108 pessoas, segundo levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada) com base em dados do governo federal.
Segundo Nascimento, a população de imigrantes da cidade, atraída principalmente pelo corte da cana, contribui para esse índice, já que, em geral, são trabalhadores sem qualificação, que não têm outro forma de renda após o término da safra.
Para a aposentada Maria Teresa Feliciano, 69, Dobrada é mesmo uma cidade pobre. "Tem cidade menor, como Santa Ernestina, que é mais rica do que aqui", afirmou a aposentada. Ela própria se inclui entre esses pobres. Ganha salário mínimo de aposentadoria, dinheiro complementado por pequeno rendimento do marido e que sustenta seis pessoas.
Para o prefeito, a situação da cidade é minimizada pelos programas sociais implantados pelo governo federal.


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