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Exportações caem 8%, diz levantamento do Ciesp
Total na região somou US$ 1,4 bilhão em 2009, ante US$ 1,5 bilhão do ano anterior
Ribeirão Preto respondeu por 16,9% das vendas externas, com destaque para açúcar e álcool e implementos agrícolas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Com uma queda de 8% na
comparação com 2008, as exportações das empresas da região de Ribeirão em 2009 somaram US$ 1,4 bilhão, ante
US$ 1,5 bilhão do ano anterior.
O levantamento é Ciesp/Fiesp
(Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
As importações da região,
que compreende 37 municípios, também registraram queda. As compras do exterior somaram US$ 176,3 milhões em
2009, ante US$ 206,5 milhões
no ano anterior (-15%).
Com o resultado, o superavit
caiu 7% e a balança comercial
fechou positiva em 2009 em
US$ 1,2 bilhão. Foram U$ 100
milhões a menos que em 2008.
O município de Ribeirão Preto respondeu por 16,9% das
vendas externas regionais. Os
setores que mais exportaram
foram açúcar e álcool (US$ 122
milhões), implementos agrícolas (US$ 21,2 milhões) e materiais médico-odontológicos
(US$ 25,3 milhões).
"A queda nas exportações foi
motivada principalmente pela
desvalorização do câmbio no
segundo semestre", disse Rodrigo Faleiros, coordenador do
Núcleo de Comércio Exterior
do Ciesp de Ribeirão.
Outro fator apontado por ele
é que produtos exportados para
destinos tradicionais [EUA e
Europa] tiveram desempenho
pior por conta da crise que esses países ainda enfrentam.
"Desde o final de 2009 esses
países importam menos."
Segundo o gerente regional
da Ciesp, Fabiano Guimarães, a
diversidade de países que importam produtos de Ribeirão
Preto e região evitou que a queda fosse mais acentuada.
Dados do Ministério do Desenvolvimento dão conta de
que os três países que mais importaram produtos de Ribeirão
foram Rússia, Venezuela e Malásia, respectivamente.
"O eixo Europa/EUA só aparece na 12ª posição, representado pela Holanda", disse.
Segundo Faleiros, a expectativa é que 2010 feche com superavit superior aos índices de
2009. "Estamos incentivando
os exportadores a investir em
qualidade e diversificar mercados. Quando há valor agregado
ao produto, a questão do cambio interfere menos no desempenho", disse Guimarães.
O Ciesp Ribeirão avalia que,
caso o dólar se estabilizasse entre R$ 1,80 e R$ 1,90, as exportações poderiam subir até 10%
em 2010.
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