Ribeirão Preto, Quarta-feira, 17 de Fevereiro de 2010

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Exportações caem 8%, diz levantamento do Ciesp

Total na região somou US$ 1,4 bilhão em 2009, ante US$ 1,5 bilhão do ano anterior

Ribeirão Preto respondeu por 16,9% das vendas externas, com destaque para açúcar e álcool e implementos agrícolas


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Com uma queda de 8% na comparação com 2008, as exportações das empresas da região de Ribeirão em 2009 somaram US$ 1,4 bilhão, ante US$ 1,5 bilhão do ano anterior. O levantamento é Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
As importações da região, que compreende 37 municípios, também registraram queda. As compras do exterior somaram US$ 176,3 milhões em 2009, ante US$ 206,5 milhões no ano anterior (-15%).
Com o resultado, o superavit caiu 7% e a balança comercial fechou positiva em 2009 em US$ 1,2 bilhão. Foram U$ 100 milhões a menos que em 2008.
O município de Ribeirão Preto respondeu por 16,9% das vendas externas regionais. Os setores que mais exportaram foram açúcar e álcool (US$ 122 milhões), implementos agrícolas (US$ 21,2 milhões) e materiais médico-odontológicos (US$ 25,3 milhões).
"A queda nas exportações foi motivada principalmente pela desvalorização do câmbio no segundo semestre", disse Rodrigo Faleiros, coordenador do Núcleo de Comércio Exterior do Ciesp de Ribeirão.
Outro fator apontado por ele é que produtos exportados para destinos tradicionais [EUA e Europa] tiveram desempenho pior por conta da crise que esses países ainda enfrentam. "Desde o final de 2009 esses países importam menos."
Segundo o gerente regional da Ciesp, Fabiano Guimarães, a diversidade de países que importam produtos de Ribeirão Preto e região evitou que a queda fosse mais acentuada.
Dados do Ministério do Desenvolvimento dão conta de que os três países que mais importaram produtos de Ribeirão foram Rússia, Venezuela e Malásia, respectivamente.
"O eixo Europa/EUA só aparece na 12ª posição, representado pela Holanda", disse.
Segundo Faleiros, a expectativa é que 2010 feche com superavit superior aos índices de 2009. "Estamos incentivando os exportadores a investir em qualidade e diversificar mercados. Quando há valor agregado ao produto, a questão do cambio interfere menos no desempenho", disse Guimarães.
O Ciesp Ribeirão avalia que, caso o dólar se estabilizasse entre R$ 1,80 e R$ 1,90, as exportações poderiam subir até 10% em 2010.


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