Ribeirão Preto, Domingo, 17 de Maio de 2009

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Museus da região abrigam veículos raros

Bebedouro, Orlândia e São Carlos têm espaços especiais destinados a abrigar carros, aviões, tratores e até tanques de guerra

Entre os destaques, há uma Harley-Davidson 1951, que foi a estrela em "O Vigilante Rodoviário", e um caça da Segunda Guerra

Silva Junior/Folha Imagem
Carros antigos expostos no museu Eduardo André Matarazzo, em Bebedouro, que abriga coleção que pertencia ao empresário; local tem 92 automóveis e 21 aviões, além de motos e caminhões

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Um Delahay preto de 1912. Um trator Case 1919 branco e vermelho cuja partida é dada com um charuto. Um caça alemão de 1943 com marcas de tiros na fuselagem, herdados da Segunda Guerra Mundial. Esses veículos raros e muitos outros estão bem conservados em três museus relacionados ao transporte na região de Ribeirão Preto.
Em Bebedouro, o museu Eduardo André Matarazzo abriga uma coleção de carros antigos do empresário, que era tão apaixonado por motores que construiu uma oficina na garagem da sua casa, na capital.
Matarazzo quis dar mais espaço à sua paixão. Em 1968, o empresário que tinha fazendas em Bebedouro decidiu criar o museu com seu acervo. Hoje, o espaço reúne 200 peças, sendo 92 carros antigos e 21 aviões, além de motos, caminhões, peças bélicas e máquinas de escrever, entre outros.
Entre as raridades, está uma moto Harley-Davidson 1951 que foi a estrela no seriado "O Vigilante Rodoviário". Há também um Maserati vermelho 1961 e um caminhão-trator Minneapolis-Moline de 1942 que puxava tanques de guerra.
Os valores das peças são relativos, segundo a filha do fundador e diretora-presidente do museu, Patrícia Marpa Matarazzo, 40. "Meu pai percorria o Brasil inteiro atrás dessas relíquias. Às vezes comprava um carro por R$ 1.000 no ferro-velho e gastava R$ 50 mil no restauro", disse.
Em março de 2006, a cidade de Bebedouro sofreu uma inundação que causou uma morte. As águas invadiram o museu e danificaram todas as peças. Cinquenta dias depois, o museu foi reaberto, mas a equipe, até hoje, só conseguiu restaurar 20 dos carros.
Não são apenas os carros antigos que atraem os apaixonados por motores. Em Orlândia, o museu Agromen de Tratores, Máquinas e Implementos Agrícolas recebe a visita de gerações que cresceram na agricultura apoiadas por tratores.
"Quem está ligado à agricultura, fica muito emocionado. Já vi vários chorarem ao ver um modelo do museu e dizer: "Meu pai trabalhou com um desses'", disse o diretor da empresa Leonardo Mendonça Tavares, 31.
O museu abriga 320 peças, entre tratores, implementos, máquinas de esteira e a vapor. O local encanta pelo tamanho e pelo colorido. Cada cor foi restaurada de acordo com o original e seguindo a marca.
A primeira aquisição do então produtor de café e leite Sergino Ribeiro de Mendonça foi um trator Ferguson 35, de 1953. Juntaram-se ao "Ferguinho" outros seis tratores. Em 2001, quando a Agromen completou 30 anos, a diretoria decidiu criar o museu de tratores, que recebeu doações de várias partes do país.
O acervo está espalhado em três prédios de 3.000 m2 e mais uma área ao ar livre. A visita aos museus depende de agendamento.



Na internet - Museu Eduardo André Matarazzo, em Bebedouro: www.museueduardomatarazzo.com.br; Museu Agromen de Tratores, em Orlândia: www.agromen.com.br/site/empresa-museu.php


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