JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Os quatro acusados de degolar uma jovem de 22 anos em Colômbia foram levados a júri popular ontem, na cidade de Barretos. O julgamento, iniciado às 9h, ainda não havia terminado até o fechamento da edição.
A sapateira Eliete Rodrigues dos Santos, ex-rainha da Festa do Peão de Colômbia, foi morta em um dos quartos de sua casa, em dezembro de 2006. Os réus alegam que só queriam dar um susto na jovem e que não tinham intenção de matá-la.
O crime chocou a cidade. Ontem, cerca de 40 moradores de Colômbia, com camisetas com o rosto de Eliete, foram de ônibus a Barretos acompanhar o julgamento.
Antônio Rodrigues dos Santos, conhecido como Japonês, é acusado de ser o mandante. Ele teria contratado os demais envolvidos -Willian Andrade Gomes, Valdenor Soares Pereira e José Cizenando de Souza.
Cada um recebeu R$ 1.500, segundo o delegado Evandro Abrão Nacle. O motivo, segundo o delegado, é que Santos queria namorar a vítima, mas ela o rejeitou.
Ele procurou, então, Gomes, filho de uma vidente, que contratou os outros dois rapazes para dar o "susto". Santos e Gomes ficaram no carro, enquanto os dois homens entraram na casa da jovem e perguntaram por Eliete. Os pais da jovem foram amarrados pelos pulsos.
A sapateira foi levada para um dos quartos, onde foi degolada. Os acusados fugiram sem levar nenhum objeto.
Um mês depois, os quatro foram presos em Conceição das Alagoas (MG), próximo a Colômbia. "Ele [Santos] falou ter contratado os três para bater nela, dar um susto, mas não para matar", disse o delegado. Os que degolaram Eliete dizem que a moça reagiu e eles tiveram que matá-la. Em entrevista à EPTV, a mãe da vítima, Antônia Júlia dos Santos, disse que "espera que Deus faça Justiça".


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