Ribeirão Preto, Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008

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Edinho pretende limitar prédios na área dos trilhos

Prefeito de Araraquara envia projeto à Câmara para criar um grande parque linear

Remoção dos trilhos só deve terminar em 2011, mas Edinho quer evitar que se criem barreiras visuais ou físicas na área

DA FOLHA RIBEIRÃO

O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), quer limitar a verticalização em uma área de 1 milhão de metros quadrados no centro da cidade que vai passar a existir quando a remoção dos trilhos ferroviários daquela região for concluída.
Um projeto nesse sentido foi enviado à Câmara ontem e prevê a criação de um grande parque linear na área ocupada hoje pelos trilhos, que ficará definida no Plano Diretor da cidade como Zoppe (Zona de Preservação e Proteção Especial).
Segundo a arquiteta Luciana Márcia Gonçalves, secretária de Desenvolvimento Urbano de Araraquara, o objetivo da prefeitura é evitar que se criem barreiras visuais ou físicas na área ocupada hoje pela linha férrea. "Além disso, essa é uma área importante de permeabilização do município, que capta a água das chuvas da Vila Xavier e evita o escoamento direto para o córrego, que fica abaixo da linha expressa", disse.
De acordo com o projeto enviado à Câmara, na área definida como Zoppe, o índice de ocupação do terreno será de 20%, percentual equivalente ao tamanho da área onde é possível construir. Para se ter uma idéia da restrição, no restante da cidade, exceto na região da Chácara Flora, na zona norte, o índice de ocupação médio colocado no Plano Diretor fica entre 50% e 60%.
No projeto, apenas uma região abrangida pela orla ferroviária, que divide Araraquara ao meio separando o centro, mais nobre, do bairro Vila Xavier, mais popular, foi destacada como de ocupação preferencialmente residencial.
Trata-se de uma área com aproximadamente 100 mil metros quadrados próxima à Vila Xavier nas adjacências da rua Alexandre Rodrigues dos Santos, e das avenidas São Francisco, Mário Zampieri e Padre Manoel da Nóbrega.
As restrições de ocupação dos terrenos continuam sendo as mesmas, mas se o projeto for aprovado, a tendência é fazer com que os técnicos da prefeitura aprovem obras residenciais nessa região, considerada Área de Interesse Social.
Por enquanto, não há recursos para a implantação do parque pelo município, que negocia com a União, dona da área onde hoje estão os trilhos, a posse do terreno. A expectativa é que os trilhos sejam removidos da região central até 2011, prazo previsto para a conclusão das obras do novo contorno ferroviário, financiada com quase R$ 200 milhões do PAC.
Uma das formas de arrecadar verbas para a viabilização do parque linear são instrumentos já previstos no Plano Diretor, como a outorga onerosa, que vincula a aprovação de de obras particulares a investimentos dos empresários em obras de interesse público.
De acordo com o projeto enviado à Câmara, no caso de empreendimentos que forem feitos em uma área de 100 metros a partir dos limites externos do parque, toda outorga terá contrapartidas revertidas para benfeitorias no parque linear. (VERIDIANA RIBEIRO)


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