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Edinho pretende limitar prédios na área dos trilhos
Prefeito de Araraquara envia projeto à Câmara para criar um grande parque linear
Remoção dos trilhos só deve terminar em 2011, mas Edinho quer evitar que se criem barreiras visuais ou físicas na área
DA FOLHA RIBEIRÃO
O prefeito de Araraquara,
Edinho Silva (PT), quer limitar
a verticalização em uma área de
1 milhão de metros quadrados
no centro da cidade que vai passar a existir quando a remoção
dos trilhos ferroviários daquela
região for concluída.
Um projeto nesse sentido foi
enviado à Câmara ontem e prevê a criação de um grande parque linear na área ocupada hoje
pelos trilhos, que ficará definida no Plano Diretor da cidade
como Zoppe (Zona de Preservação e Proteção Especial).
Segundo a arquiteta Luciana
Márcia Gonçalves, secretária
de Desenvolvimento Urbano
de Araraquara, o objetivo da
prefeitura é evitar que se criem
barreiras visuais ou físicas na
área ocupada hoje pela linha
férrea. "Além disso, essa é uma
área importante de permeabilização do município, que capta a
água das chuvas da Vila Xavier
e evita o escoamento direto para o córrego, que fica abaixo da
linha expressa", disse.
De acordo com o projeto enviado à Câmara, na área definida como Zoppe, o índice de
ocupação do terreno será de
20%, percentual equivalente ao
tamanho da área onde é possível construir. Para se ter uma
idéia da restrição, no restante
da cidade, exceto na região da
Chácara Flora, na zona norte, o
índice de ocupação médio colocado no Plano Diretor fica entre 50% e 60%.
No projeto, apenas uma região abrangida pela orla ferroviária, que divide Araraquara
ao meio separando o centro,
mais nobre, do bairro Vila Xavier, mais popular, foi destacada como de ocupação preferencialmente residencial.
Trata-se de uma área com
aproximadamente 100 mil metros quadrados próxima à Vila
Xavier nas adjacências da rua
Alexandre Rodrigues dos Santos, e das avenidas São Francisco, Mário Zampieri e Padre
Manoel da Nóbrega.
As restrições de ocupação
dos terrenos continuam sendo
as mesmas, mas se o projeto for
aprovado, a tendência é fazer
com que os técnicos da prefeitura aprovem obras residenciais nessa região, considerada
Área de Interesse Social.
Por enquanto, não há recursos para a implantação do parque pelo município, que negocia com a União, dona da área
onde hoje estão os trilhos, a
posse do terreno. A expectativa
é que os trilhos sejam removidos da região central até 2011,
prazo previsto para a conclusão
das obras do novo contorno ferroviário, financiada com quase
R$ 200 milhões do PAC.
Uma das formas de arrecadar
verbas para a viabilização do
parque linear são instrumentos
já previstos no Plano Diretor,
como a outorga onerosa, que
vincula a aprovação de de obras
particulares a investimentos
dos empresários em obras de
interesse público.
De acordo com o projeto enviado à Câmara, no caso de empreendimentos que forem feitos em uma área de 100 metros
a partir dos limites externos do
parque, toda outorga terá contrapartidas revertidas para
benfeitorias no parque linear.
(VERIDIANA RIBEIRO)
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