Presidente da Abimaq reafirma que, em 2010, feira vai mesmo para São Carlos

Apesar do otimismo, os fabricantes de tratores dizem que vão ficar fora do evento; previsão de vendas é de R$ 870 milhões

GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) anunciou que a previsão de vendas para a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) deste ano, a última que deve acontecer em Ribeirão, é de R$ 870 milhões, 8,7% a mais do que o total negociado no ano passado -R$ 800 milhões.
Segundo o presidente da entidade, Luiz Aubert Neto, até ontem cerca de 750 expositores já tinham confirmado participação. "Conseguimos fazer rearranjos e aumentar a área da feira de 100 mil m2 para 107 mil m2", afirmou.
No ano passado, de acordo com ele, havia cerca de 700 expositores no evento. Aubert Neto disse apostar que os estímulos dos governos -como a extinção de juros na comercialização de tratores em parcelas-, ajudem as vendas.
De acordo com a própria Abimaq, as vendas de tratores representam 15% do total negociado na feira. Porém, as cinco principais fabricantes de tratores do país -John Deere, Case New Holland, Agco, Agrale e Valtra- devem ficar fora da Agrishow deste ano.
Em dezembro de 2008, a Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores) enviou carta à Abimaq em que dizia que, por conta da crise, essas empresas não participariam da feira.
Questionado sobre o assunto, Aubert Neto disse que haverá tratores à venda na Agrishow deste ano. "Não posso dizer quem vai vender, mas que vai ter trator, vai", afirmou. De acordo com a assessoria de imprensa da Anfavea, até ontem a posição das fabricantes de tratores não tinha mudado.
Sobre os esforços da prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), para manter a Agrishow no município, Aubert Neto disse somente que o compromisso de realizar a feira em São Carlos a partir de 2010 está confirmado e que verbas do governo federal para o projeto da Cidade da Bioenergia já estão empenhadas.


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