Ribeirão Preto, Terça-feira, 18 de Novembro de 2008

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Álcool deve chegar a R$ 1,50 em Ribeirão

Preço, que subiu 7,35% nas usinas, deve ter alta nos postos a partir do final desta semana, segundo a Brascombustíveis

Postos alegam que tiveram alta de R$ 0,16 no custo do preço do litro do álcool; para a Unica, ainda é cedo para fazer previsões

LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

O preço médio do litro do álcool nas bombas dos postos de combustíveis de Ribeirão Preto vai subir nas próximas semanas e poderá chegar a R$ 1,50. Hoje, o preço médio do álcool na cidade é de R$ 1,37.
A afirmação é do vice-presidente da Brascombustíveis, Renê Abbad, e do diretor regional do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), Oswaldo Manaia.
"Em uma semana, tivemos uma alta de até R$ 0,16 no preço de custo. Os preços estão disparados. Quando as distribuidoras forem renovar os estoques, o preço vai aumentar, e o valor será repassado para o consumidor", disse Abbad.
De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o preço do álcool hidratado disparou 7,35% nas usinas do Estado na semana passada. Nas últimas seis semanas, havia ocorrido queda.
"Nos próximos dias, não haverá queda nenhuma [no preço]. O preço do álcool nas usinas está subindo e o valor será repassado", disse Manaia.
Para Abbad, a alta começará a ser aplicada até o final desta semana. "O preço na bomba começará a subir em quatro ou cinco dias e terá um aumento de, no mínimo, R$ 0,10. As distribuidoras, para subir o preço, usam o elevador, mas quando têm que descer o preço, vão de escada", disse Abbad.
Para ele, o anúncio do pedido de recuperação judicial da Companhia Albertina, feito na semana passada, contribuiu para o aumento do preço.
A empresa tem uma dúvida de US$ 100 milhões. "Coincidência ou não, foi só a imprensa divulgar esse fato para que o preço subisse. Isso assustou o setor", afirmou.
De acordo com Sérgio Prado, diretor da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) em Ribeirão Preto, ainda é cedo para fazer previsão de custos, principalmente sobre o comportamento do combustível nas bombas. "Tudo vai depender do valor que sairá das usinas", disse ele.


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