Ribeirão Preto, Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2011

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Caixa de Ribeirão é o menor desde 2004

Gestão Dárcy fechou 2010 com reserva de R$ 34,92 milhões; quando assumiu, prefeita tinha R$ 120,23 milhões

Logo em seu primeiro ano de governo, Dárcy retomou o deficit nas contas, o que não acontecia desde 2007

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), fechou 2010 com o caixa mais baixo dos últimos seis anos. A reserva da prefeitura caiu em dezembro para R$ 34,92 milhões. Quando ela assumiu, eram R$ 120,23 milhões.
Em valores nominais, o caixa do município hoje só é maior que os R$ 14,35 milhões de dezembro de 2004, último ano do petista Gilberto Maggioni, substituto de Antonio Palocci, na administração municipal.
Naquele período, porém, as receitas da prefeitura eram praticamente a metade do Orçamento atual, que é de R$ 1,42 bilhão. Entre 2005 e 2008, período de Welson Gasparini (PSDB), todos os dezembros apresentaram crescimento do caixa.
A reserva só retrocedeu em 2009, ano em que Dárcy estreou no governo e reinaugurou o deficit das contas, algo que não acontecia desde 2007. Para 2011, ela prometeu zerar a diferença entre despesas e receitas.
O secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Júnior, único com "autorização" de Dárcy para falar com a imprensa sobre a crise nas finanças, atribuiu a queda nas reservas a gastos com o funcionalismo e investimentos.
"O custo da máquina pública cresceu e tende a aumentar ainda mais nos próximos anos com os 28% dos servidores [acordo judicial para pagamento de perdas do Plano Collor, de 1990]", afirmou Luchesi.
Ele afirmou que o governo "não está preocupado" com a situação. "A prefeitura não é banco para ficar com dinheiro em caixa. Ribeirão precisava de obras e os investimentos foram feitos. A cidade está prosperando."
Historicamente, o caixa cai em dezembro na comparação com novembro (veja quadro ao lado). No início do ano ocorre o contrário, com entrada de recursos do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores).
O economista Sérgio Nalini tem boa expectativa sobre a previsão de receitas no início do ano. "Não há que se falar em queda de arrecadação agora." Ele disse, porém, que o volume de verbas que entra agora precisa "financiar" as despesas da prefeitura no restante do ano.


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