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Na volta às aulas, rede estadual tem classe sem professor
Escolas de Ribeirão receberam 57 mil estudantes; diretoria ainda não encerrou a atribuição de aulas
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
Na volta às aulas da rede estadual, ontem, escolas de Ribeirão Preto enfrentaram problemas com a falta de docentes em
algumas disciplinas. A situação
levou diretores a dispensar as
turmas mais cedo ou a deixar os
alunos na classe, mas sem aulas, apenas supervisionados
por um funcionário.
As aulas foram retomadas
ontem para 57 mil alunos de Ribeirão, em 72 escolas da rede
no município. Na escola Eugênia Vilhena de Morais, na Vila
Virgínia, docentes e alunos ouvidos pela Folha confirmaram
as lacunas de aulas.
Na turma do 2º G, do ensino
médio, faltaram docentes em
duas disciplinas. Em uma delas, foi chamado um estagiário
de educação física, e na outra, a
turma saiu mais cedo.
O mesmo ocorreu com turmas dos primeiro e terceiro
anos. Na classe de Fabiano Feliciano, 14, do 1º B, os alunos ficaram sozinhos na sala. "Cada
um fez o que quis. O inspetor
que estava no corredor passava
para olhar."
Na escola José Lima Pedreira de Freitas, faltaram cinco
docentes, segundo o professor
Mauro Inácio, diretor estadual
da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do
Estado de São Paulo).
"As escolas fizeram um horário especial e dispensaram alunos mais cedo", disse Inácio. As
faltas, na visão do dirigente, relacionam-se ao processo de
atribuição de aulas, cujos critérios mudaram na última semana (leia texto nesta página).
Na escola Paiva 1 houve uma
turma sem aula. Segundo a escola, a falta ocorreu porque a
professora se licenciou para assumir como diretora em outra
unidade. A Secretaria de Estado da Educação diz que as faltas foram pontuais e que todas
as aulas já foram atribuídas. Na
Eugênia Vilhena, a pasta afirma ter havido três turmas sem
professores, mas porque o docente decidiu faltar. Na Pedreira de Freitas, houve uma falta.
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