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Novo emprego tem alta de 180% na região
Total de vagas criadas em janeiro chega a 2.723, ante as 970 do mesmo mês do ano passado, marcado pela crise financeira
As cidades que mais criaram vagas, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, foram Franca, Sertãozinho e Pontal
JEAN DE SOUZA
DA FOLHA RIBEIRÃO
A região de Ribeirão Preto
gerou 2.723 novos empregos no
mês passado, desempenho que
supera em 180% a situação de
janeiro de 2009, quando 970
vagas foram criadas, mas que fica distante do total de empregos dos anos anteriores.
Em 2008, o saldo foi de 5.988
empregos, e em 2007, 8.309, o
maior índice para as 52 cidades
da região com dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No país, foram criados 181.419 empregos
no mês passado, um recorde
histórico para janeiro.
As maiores criadoras de vagas em janeiro na região foram
Franca (2.217), Sertãozinho
(1.718) e Pontal (1.398). Ribeirão teve desempenho somente
modesto, com a abertura de 121
novos postos. Em 2009, no
mesmo período, foram 53 novos empregos com carteira assinada, e em 2008, 1.178.
Os piores desempenhos foram detectados em Monte Azul
Paulista e Bebedouro, onde foram cortados, respectivamente, 2.629 e 1.978 empregos.
Também tiveram desempenho
negativo Matão, Araraquara,
Taquaritinga e Itápolis.
No total, essas seis cidades
apresentaram saldo negativo
de 6.683 empregos. Em comum, elas têm o fato de terem
dispensando os trabalhadores
do corte de laranja, que encerraram a safra entre dezembro e
janeiro, quando foram rescindidos os contratos, segundo o
presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores), Flávio Viegas.
Em Franca, as contratações
foram impulsionadas pelo
grande volume de pedidos de
calçados produzidos na cidade,
de acordo com o presidente do
Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca),
José Carlos Brigagão.
O dirigente sindical afirmou
que os fabricantes tiveram
"uma ótima Couromoda"
-maior feira do setor calçadista na América Latina no primeiro semestre, que aconteceu
em janeiro. Isso fez com que as
indústrias do município antecipassem as contratações de trabalhadores que têm contratos
rescindidos em dezembro.
Já em Sertãozinho, o maior
número de vagas foi criado pela
indústria metalúrgica, responsável pela produção de peças e
prestação de serviços ao setor
sucroalcooleiro no período de
entressafra da cana-de-açúcar,
que terminou em dezembro,
segundo o diretor regional do
Ciesp (Centro das Indústrias
do Estado de São Paulo), Adézio Marques.
Para Alberto Borges Matias,
professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, o ritmo de
abertura de postos de trabalho
na região não acompanha o do
restante do Brasil. "Estamos
em momento diferentes, em ciclos diferentes", disse.
A região tem, por exemplo,
pico de criação de vagas no início da safra do setor sucroalcooleiro, em março, o que não
acontece em outras regiões do
país, segundo Matias.
Além disso, como não sofreu
diretamente os efeitos da crise
econômica, a região de Ribeirão demitiu menos e teve de recontratar menos, segundo ele.
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