JEAN DE SOUZA
ENVIADO ESPECIAL A RIFAINA

Pelo menos sete ranchos de alto padrão foram alvos de um arrastão no final de semana em Rifaina, na divisa de São Paulo come Minas Gerais. Os assaltantes agiram a bordo de canoas sem motor, para evitar barulho.
Os homens arrombaram os ranchos e levaram tanques de combustíveis, aparelhos eletrônicos, motores de barcos, ferramentas, 22 varas de pescar, roupas, um minibuggy e uma minimoto sem que ninguém percebesse a ação. Outros ranchos também podem ter sido invadidos, mas, como estão desocupados, não houve queixa.
Caseira há cinco anos de uma das propriedades furtadas, Olivanda Maria Ferreira, 54, afirma não ter ouvido nenhum barulho que levantasse suspeitas durante a madrugada de sábado, quando ocorreram os furtos.
Os ranchos ficam à beira da represa Jaguara, que atende a hidrelétrica de mesmo nome. Ao redor da represa, há cerca de 500 propriedades, a maior parte delas usada somente aos finais de semana e feriados pelos donos, boa parte deles empresários que moram em outras cidades da região.
Duas embarcações utilizadas para transportar os objetos furtados foram encontradas, vazias, na margem da represa, já do lado mineiro, na cidade de Sacramento.
Segundo Olivanda, o local sempre foi seguro e normalmente deserto. Em um ano, os donos do rancho onde ela trabalha foram até lá em apenas três ocasiões. "Agora estou com medo."
O delegado titular de Rifaina, Fábio Branquinho, disse não saber informar o valor dos objetos furtados. De acordo com o delegado, várias das propriedades da cidade não têm caseiros ou ficam por muito tempo desocupadas, o que favorece ações como a de sábado.
Branquinho afirmou, porém, que fazia mais de um ano que uma quadrilha não realizava um grande furto na área.
A polícia diz já ter suspeitos dos crimes, mas não revelou detalhes.


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