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O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, fundado em 1956, foi o primeiro passo para a criação do pólo de educação e de saúde da região. A instituição também foi responsável pelo desenvolvimento social da cidade na segunda metade do século passado.
Para o economista Paulo Dantas, o binômio educação e saúde foram os responsáveis pelo crescimento da cidade, que perdeu o seu caráter monocultor com o fim do Proálcool (Programa Nacional do Álcool), na década de 90.
"Com o fim da era do álcool no país, a cidade, de origem basicamente agrária, perdeu seu sustento na monocultura da cana e levantou a questão sobre um pólo muito rico na cidade, a educação e a saúde", diz Dantas.
O hospital, criado com o intuito de atender inicialmente as necessidades dos alunos da faculdade, foi o principal exemplo do binômio. A cada ano, o hospital-escola recebe, em média, 153 novos alunos residentes, que ampliam o atendimento do hospital e renovam suas tecnologias por meio de pesquisas desenvolvidas no local.
Para o sociólogo Augusto Cacia-Bava, muitas empresas vieram se instalar na cidade visando esse pólo estudantil e de saúde que a cidade criou a partir da instalação do hospital. "Com a vinda da instituição para o município e, consequentemente, a construção do hospital, a região acabou invadida por outras instituições de ensino superior, que injetam, por ano, mão-de-obra qualificada e novas pesquisas em saúde."

Começo
No início, o HC funcionava em um prédio cedido por meio de um convênio com a Fundação Sinhá Junqueira, no centro da cidade, que atualmente abriga a unidade de emergência do hospital (responsável por 70% dos atendimentos). Já a atual sede ficou pronta somente em 1978.
A primeira cirurgia do HC aconteceu em agosto de 1956 e foi realizada pela equipe do professor Ruy Ferreira Santos. O médico também foi o responsável pela primeira cirurgia na nova sede do Hospital das Clínicas.
Em 1992, o hospital realizou o primeiro transplante de medula da região. Neste ano, foi realizado o primeiro transplante de fígado.


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