Ribeirão Preto, Sábado, 19 de Junho de 2010

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"O norte era isolado e pobre", afirma filho de norte-coreano

DE RIBEIRÃO PRETO

Muito antes de a "cortina de ferro" isolar a Coreia do Norte do mundo, o país não se dividia em norte ou sul. No início do século 20, o norte era uma região agrária, muito pobre. Foi em um cenário de carência no campo que nasceu Sam Yong Kim, o pai do médico mastologista Tomas Yung Joon Kim, 51, que vive em Ribeirão.
"Naquela época, a região em que o meu pai nasceu era quase como cidades-estado, isoladas", diz o médico.
A família de Sam, então uma criança de três anos, mudou-se para a China. Aos 36 anos, Sam mudou-se para Seul, a capital da Coreia do Sul. Foi onde nasceu Tomas.
Em 1966, nova mudança na vida da família Kim: mudaram-se para o Brasil, na primeira leva de sul-coreanos vindos para o país.
Tomas tinha sete anos. Já adolescente, prestou vestibular para medicina na USP. Passou e se mudou para Ribeirão, aos 21 anos.
Hoje casado, com um casal de filhos, Tomas diz-se à vontade na cidade. "As pessoas de Ribeirão têm uma peculiaridade que você não encontra em nenhum lugar do mundo, que é a receptividade", diz. O pai, Sam, morreu no ano passado.
Tomas visita Seul, mas, na Copa, a torcida será pelo país onde cresceu. "Nasci na Coreia, mas aprendi a gostar de futebol aqui." (JC)


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