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Sul-coreano viu em Ribeirão uma terra de oportunidades
DE RIBEIRÃO PRETO
Aos 32 anos de idade, o
sul-coreano Ho Kim não via
espaço para crescer na Seul
de 1987. "É uma terra muito
pequena, e não se tinha muita escolha."
Enquanto sofria com sua
loja de fabricação de óculos,
Kim recebia cartas da irmã,
dizendo que a confecção de
roupas ia bem no Bom Retiro,
em São Paulo.
No mesmo ano, ele mudou-se com a mulher, o filho
pequeno e o outro em gestação para São Paulo. A dificuldade da língua provocou um
rebatismo: Ho Kim decidiu se
tornar Max. A mulher, Jong,
chama-se Ângela.
Após trabalhar na capital,
Max conheceu clientes no interior. "Gostei de Ribeirão.
Na época, era uma cidade
limpa. Parecia um lugar com
poder financeiro."
Um ano depois, a família
mudou-se para Ribeirão.
Abriram a primeira loja, "Jella" -em coreano, significa
"primeiro lugar". Logo, a rede expandiu-se. Max decidiu
abrir uma loja fotográfica,
uma paixão da juventude.
A família não pensa em
voltar. "Sempre gostei de Ribeirão. Semana passada, voltei de Nova York. Cheguei em
Ribeirão e pensei: "Aqui é o
meu lar". Com 20 anos estando aqui, fiz muitos amigos. O
povo é muito gentil."
Na Copa, aposta no Brasil,
mas irá torcer para a Coreia
do Sul. "A gente tem de torcer
para quem é mais fraco."
(JC)
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