Ribeirão Preto, Sábado, 19 de Junho de 2010

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Sul-coreano viu em Ribeirão uma terra de oportunidades

DE RIBEIRÃO PRETO

Aos 32 anos de idade, o sul-coreano Ho Kim não via espaço para crescer na Seul de 1987. "É uma terra muito pequena, e não se tinha muita escolha."
Enquanto sofria com sua loja de fabricação de óculos, Kim recebia cartas da irmã, dizendo que a confecção de roupas ia bem no Bom Retiro, em São Paulo.
No mesmo ano, ele mudou-se com a mulher, o filho pequeno e o outro em gestação para São Paulo. A dificuldade da língua provocou um rebatismo: Ho Kim decidiu se tornar Max. A mulher, Jong, chama-se Ângela.
Após trabalhar na capital, Max conheceu clientes no interior. "Gostei de Ribeirão. Na época, era uma cidade limpa. Parecia um lugar com poder financeiro."
Um ano depois, a família mudou-se para Ribeirão. Abriram a primeira loja, "Jella" -em coreano, significa "primeiro lugar". Logo, a rede expandiu-se. Max decidiu abrir uma loja fotográfica, uma paixão da juventude.
A família não pensa em voltar. "Sempre gostei de Ribeirão. Semana passada, voltei de Nova York. Cheguei em Ribeirão e pensei: "Aqui é o meu lar". Com 20 anos estando aqui, fiz muitos amigos. O povo é muito gentil."
Na Copa, aposta no Brasil, mas irá torcer para a Coreia do Sul. "A gente tem de torcer para quem é mais fraco." (JC)


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