DOUGLAS SANTOS
ENVIADO ESPECIAL A BARRETOS

Centenas de quilos de tralhas, comida, bebida e muita empolgação. O cenário é comum nos 11 dias da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, mas não cinco dias antes de ela começar.
Até o final da tarde de ontem, 30 pessoas já acampavam dentro no Parque do Peão para fazer o "esquenta" da festa, que será aberta oficialmente amanhã.
No parque, o som ainda está baixo, as sirenes do camping não começaram a tocar e, nas ruas, a única movimentação é de operários para deixar restaurantes e estandes prontos para as 800 mil visitas esperadas até o dia 30.
Mas, no camping, o serralheiro Emílio Carlos Federeci, 48, faz festa desde o último sábado. Ele, que é de Araraquara, foi o primeiro a chegar ao camping e montou uma estrutura que pode abrigar mais de 20 pessoas, que chegam nos próximos dias. "Só vou embora um dia depois de a festa acabar", disse.
Mas, se não há festas, shows ou rodeios, por que chegar tão cedo? "Para pegar os melhores lugares e já entrar no clima." A estrutura de Federeci conta com uma ampla cozinha, som de alta potência, freezer e geladeira.
Até sexta-feira, a expectativa é que a capacidade máxima do camping seja atingida, com 10 mil pessoas acampadas na Festa do Peão. Os gastos para acampar durante toda a festa podem chegar a R$ 2.000, incluindo a taxa do parque, estacionamento de veículos e alimentação.
Já o comerciante Itamar Justino da Silva, 41, de Fortaleza de Minas, preferiu uma companhia inusitada: ele levou o galo Bilú para ficar com ele na festa. "Eu trouxe o galinho e ele gostou, assim que chegou já começou a cantar", disse. É a 17ª vez que ele acampa em Barretos.
Além do galo, ele tem uma moto anos 80 com uma caveira bovina no lugar dos faróis e duas lâmpadas vermelhas para iluminar a cabeça do boi. Para combinar, um capacete rosa com dois chifres.


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