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SÃO CARLOS
Ex-presidente da Tecumseh é acusado de formação de cartel
DA FOLHA RIBEIRÃO
A PF (Polícia Federal) de
Araraquara apreendeu um
computador e documentos
que supostamente incriminam o ex-presidente da Tecumseh no Brasil, Gerson
Veríssimo, pelo crime de formação de cartel no mercado
de compressores herméticos
para refrigeração.
Os documentos foram
apreendidos na terça-feira
na casa de Veríssimo, que
ocupa um quarteirão no
bairro Estância Suíça, em
São Carlos.
A investigação feita em
conjunto com o Ministério
da Justiça aponta que os preços dos produtos no mercado
podem ter sido inflacionados
em até 30% e que o prejuízo
pode chegar a cerca de R$
700 milhões.
Na semana passada, a Tecumseh demitiu 350 funcionários em São Carlos e culpou a crise mundial.
A Folha apurou que a PF
recolheu do computador do
empresário conversas por e-mail com executivos de outras empresas. Além de São
Carlos, cinco mandados de
busca foram cumpridos na
operação "Zero Grau" em
Joinville (SC) e São Paulo.
A ação foi feita em conjunto com autoridades dos Estados Unidos, Itália e Dinamarca -uma parceria inédita em investigações.
Veríssimo trabalhou na
Tecumseh por 32 anos, 12
deles-de 1996 a 2008-como presidente. Ele se afastou no dia 31 de março do
ano passado. "Foi um dos
presidentes mais truculentos com quem já negociamos", disse o presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos
de São Carlos, Rosalino de
Jesus de Barros.
A Folha procurou Veríssimo em sua casa de São Carlos, mas a reportagem foi informada por seguranças do
executivo de que ele está em
viagem a São Paulo. O atual
presidente da empresa, Dagoberto Darezzo, disse apenas estar ciente da investigação e que a Tecumseh vai
cooperar com a polícia. (ROBERTO MADUREIRA)
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