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TROTE EDUCATIVO
Júri simulado condena casal Nardoni na USP de Ribeirão
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Anna Carolina Jatobá e
Alexandre Nardoni foram
condenados por homicídio
doloso pela morte de Isabella
Nardoni, 5, ocorrida em março de 2008. Anna Carolina
confessou que estrangulou a
garota e que o marido a jogou
pela janela, mas alega que
ambos pensaram que Isabella já estivesse morta.
O veredicto, fictício, é resultado de um júri simulado
feito ontem pela Faculdade
de Direito de Ribeirão Preto
da USP (Universidade de São
Paulo), preparado como parte da semana de recepção aos
calouros do curso.
Anna Carolina e Nardoni
eram, na verdade, os segundanistas Olívia Pasqualeto,
17, e Rafael Faber, 18, que representavam os acusados.
No "julgamento", a defesa do
casal apostou na tese de homicídio culposo (sem intenção de matar) -os Nardoni
negam o crime e atribuem a
culpa a uma terceira pessoa.
O juiz Ricardo Monte Serrat conduziu os trabalhos, o
promotor de acusação foi interpretado pelo professor de
direito penal da USP Victor
Gabriel Rodriguez e o criminalista César Augusto Moreira fazia o defensor do casal Nardoni.
O advogado afirma que escolheu a tese de homicídio
culposo por achar que é a
verdadeira. "A consciência
deles doeu. A Anna Carolina
falou a verdade. E peço que
eles sejam condenados pelo
que fizeram, e não pelo que
não fizeram. Não tiveram a
intenção de matar", afirmou
o advogado à plateia e ao júri,
formados por estudantes.
O "julgamento", que durou
cerca de quatro horas, não
teve sentença. "A Lei Orgânica da Magistratura me impede de me manifestar sobre
um caso sub judice", disse
Monte Serrat. No fim, o júri
decidiu por placar apertado:
4 a 2 (o sétimo voto não foi
aberto porque a legislação
determina que não se divulgue o placar). Na plateia, a
acusação de homicídio doloso levou a melhor: 78 a 32.
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