Ribeirão Preto, Sexta-feira, 20 de Março de 2009

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CPI solicita inquérito contra delegada

DA FOLHA RIBEIRÃO, EM CATANDUVA

A CPI da Pedofilia, em seu último dia de trabalho ontem em Catanduva, onde investiga um caso onde pelo menos 45 crianças teriam sido vítimas de uma suposta rede de pedofilia, solicitou a abertura de inquérito pela Corregedoria da Polícia Civil para investigar a atuação no caso da delegada Rosana da Silva Vanni.
Rosana declarou anteontem, em depoimento aos senadores, ter errado ao avisar o advogado de um dos acusados que faria uma apreensão na casa do cliente dele, o médico Wagner Rodrigo Brida Gonçalves. Na ocasião, o computador que seria apreendido, desapareceu.
"O primeiro inquérito foi uma piada e o segundo pior ainda. Pensei à noite e decidi que o que ela cometeu foi um erro que pode ser irreparável, de forma a inimputar algum acusado", disse o senador Magno Malta, que preside a CPI.
"Um inquérito aberto para reparar os erros do primeiro entregou a prova cabal aos bandidos", completou o senador, que ainda insinuou que a falha pode ter sido proposital. "Tem coisa que não posso falar para não dar nulidade no processo, mas não sei como alguém pode defender um pedófilo."
A delegada não foi encontrada, ontem. A 5ª Corregedoria Auxiliar da Polícia Civil, em São José do Rio Preto, informou que deve acatar o ofício dos senadores.
Rosana foi retirada do caso, que foi repassado a dois delegados da seccional de São José do Rio Preto. Investigam ainda a suposta rede de pedofilia o Gaeco (grupo de promotores) e a Polícia Federal.
Anteontem, quando Rosana e a delegada Maria Cecília Sanches, responsável pelo primeiro inquérito, foram ouvidas, os senadores apontaram pelo menos dez falhas nas investigações do caso.


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