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CPI solicita inquérito contra delegada
DA FOLHA RIBEIRÃO, EM CATANDUVA
A CPI da Pedofilia, em seu último dia de trabalho ontem em
Catanduva, onde investiga um
caso onde pelo menos 45 crianças teriam sido vítimas de uma
suposta rede de pedofilia, solicitou a abertura de inquérito
pela Corregedoria da Polícia
Civil para investigar a atuação
no caso da delegada Rosana da
Silva Vanni.
Rosana declarou anteontem,
em depoimento aos senadores,
ter errado ao avisar o advogado
de um dos acusados que faria
uma apreensão na casa do
cliente dele, o médico Wagner
Rodrigo Brida Gonçalves. Na
ocasião, o computador que seria apreendido, desapareceu.
"O primeiro inquérito foi
uma piada e o segundo pior ainda. Pensei à noite e decidi que o
que ela cometeu foi um erro
que pode ser irreparável, de
forma a inimputar algum acusado", disse o senador Magno
Malta, que preside a CPI.
"Um inquérito aberto para
reparar os erros do primeiro
entregou a prova cabal aos bandidos", completou o senador,
que ainda insinuou que a falha
pode ter sido proposital. "Tem
coisa que não posso falar para
não dar nulidade no processo,
mas não sei como alguém pode
defender um pedófilo."
A delegada não foi encontrada, ontem. A 5ª Corregedoria
Auxiliar da Polícia Civil, em São
José do Rio Preto, informou
que deve acatar o ofício dos
senadores.
Rosana foi retirada do caso,
que foi repassado a dois delegados da seccional de São José do
Rio Preto. Investigam ainda a
suposta rede de pedofilia o
Gaeco (grupo de promotores) e
a Polícia Federal.
Anteontem, quando Rosana
e a delegada Maria Cecília Sanches, responsável pelo primeiro inquérito, foram ouvidas, os
senadores apontaram pelo menos dez falhas nas investigações do caso.
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