Dois meses depois da inauguração do CDP do município, cadeia ainda tem 36 presos

DE RIBEIRÃO PRETO

A inauguração do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franca, há dois meses, não esvaziou completamente a cadeia pública Guanabara.
Segundo o diretor da cadeia, Eduardo Lopes Bonfim, ainda há 36 presos no local e parte deles deve permanecer nas celas mesmo durante a reforma da unidade.
De acordo com o delegado, esses presos são provisórios, detidos em flagrantes à noite e aos finais de semana e de pensão alimentícia. Nenhum deles é admitido em CDPs.
"Vamos fazer uma ala independente para esses presos na parte da frente da cadeia e as outras alas serão para as presas da cadeia feminina", disse Bonfim.
O Guanabara vai ser transformado em cadeia feminina por causa da falta de vagas para mulheres em unidades prisionais -na Seccional de Franca só há Batatais, que tem capacidade para 21, mas abriga cerca de cem.
De acordo com Bonfim, engenheiros já visitaram o prédio e estão levantando os custos para a reforma.
"Quando já tivermos esse valor será aberta a licitação para a execução da obra. Acredito que até o final do ano tudo já esteja concluído, mas ainda não temos um prazo definitivo."
O CDP de Franca foi inaugurado no dia 23 de abril e custou R$ 29 milhões. A unidade tem capacidade para 768 presos, distribuídos por oito pavilhões. Atualmente, 305 detentos foram transferidos para o local. O CDP faz parte de um pacote de 49 que o Estado deve entregar até o ano que vem.


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