Ribeirão Preto, Domingo, 20 de Junho de 2010

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Limitações físicas não inibem o crescimento do profissional

DE RIBEIRÃO PRETO

Antônio Eduardo Borges, 25, nasceu com má formação nos braços e nas pernas, mas suas limitações nunca o impediram de viver como qualquer outra pessoa.
Atualmente ele é um exemplo na empresa onde trabalha, a TGM Turbinas. Em três anos desde a contratação, já desenvolveu trabalhos em diversas áreas e hoje faz parte do setor administrativo. Por onde passa, todos o cumprimentam ou param para conversar com ele.
"Trabalho desde os 17 anos e nunca tive problemas de preconceito dos colegas ou de chefes", disse.
Borges afirmou que, quando soube da vaga na TGM, em 2007, enviou currículo e foi selecionado. Orgulhoso, conta foi o único aprovado entre as 20 pessoas que concorriam -nenhuma delas apresentava deficiência.
Desde a sua contratação, a TGM instalou rampas de acesso, corredores mais amplos, banheiro adaptado e até uma vaga coberta de estacionamento para seu carro.
"O trabalho feito pela empresa foi um investimento. Ele é muito competente e temos orgulho de tê-lo conosco", disse o coordenador de RH, Ricardo Vilela Coelho.
Há dois meses, Borges descobriu que sua noiva estava grávida e, desde então, passou a se dedicar ainda mais ao trabalho e à família.
"Agora sou um pai de família e preciso ainda mais do emprego. Quero mostrar muitas coisas boas para o meu filho e mostrar que se você lutar pelo que quer vai conseguir", disse Borges.
Outro exemplo de perseverança e superação é Jorge Fernando da Costa, 31. Aos 17 anos, ele sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e ficou com metade do corpo paralisado. Após três anos afastado, fez um curso de readaptação e começou a trabalhar numa farmácia, voltou a estudar e passou em concurso para escriturário na Prefeitura de Taquaritinga.
Mas ele ainda queria mais. Conseguiu vaga na Via Norte, em Sertãozinho, onde é arrecadador de pedágio. "Mantenho todo o meu tempo ocupado. Já faz parte da minha vida", afirmou.


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