Ribeirão Preto, Segunda-feira, 20 de Junho de 2011

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Sujeira e camelô são, há 20 anos, entraves na revitalização do centro

Cobranças da Acirp e do Sincovarp geram um novo capítulo pró-revitalização em Ribeirão

Empresários recolhem 15 mil assinaturas, publicam informe e criticam sujeira e falta de padrão no centro

Silva Junior/Folhapress
Camelô senta em tambor utilizado como lixeira no calçadão de Ribeirão Preto, alvo de crítica de empresários da cidade

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

A sujeira nas ruas centrais, a falta de segurança e o excesso de camelôs no calçadão são problemas para a revitalização do centro de Ribeirão Preto citados há pelo menos 20 anos por entidades ligadas ao comércio.
Outras ideias antigas continuam no papel, como o aterramento da fiação elétrica e a criação de um gerente administrativo do centro (leia texto nesta página).
Após cobranças ao longo dos anos da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) e do Sincovarp (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto), um novo capítulo pró-revitalização começou a se desenhar no último mês.
Um grupo de empresários do centro já recolheu 15 mil assinaturas e tem publicado informes em jornais reivindicando da prefeita Dárcy Vera (DEM) melhorias no centro.
"Falta um padrão para os bancos, lixeiras e floreiras, a sujeira é grande, há os camelôs, os carros de som que circulam sem controle. São muitos pontos", disse o comerciante Marcos Zeri Ferreira, um dos líderes do grupo.
Nos encartes, eles citam Sertãozinho como uma prefeitura que investirá R$ 7 milhões na revitalização de sua principal rua comercial.
A prefeitura diz que deve se reunir com o grupo para ouvir as reivindicações. Se o fizer, repetirá um ritual dos prefeitos anteriores desde o início dos anos 90.
A Acirp diz que não sabe contar quantos ofícios e reuniões fez com os sucessivos prefeitos no período.
Na prática, as melhorias partiram dos próprios empresários, diz o ex-presidente Francisco Pinghera, 59, que por quase 20 anos ocupou cargos de direção na Acirp.
Foram elas a implantação de câmeras de monitoramento e a extensão do calçadão entre as ruas Saldanha Marinho e José Bonifácio.
"Infelizmente, segurança, lixo e camelôs já eram temas discutidos e obviamente hoje se agravaram, com poucos avanços", disse Pinghera.
Do poder público, diz ele, o último ato significativo foi do ex-prefeito tucano Luiz Roberto Jábali (1997-2000), que tirou os camelôs da praça Carlos Gomes e os deslocou para o atual CPC (Centro Popular de Compras).
Novo camelôs, porém, voltaram ao centro. E, enquanto a prefeitura não reforma o novo camelódromo, eles se acumulam no calçadão.
O atual presidente da Acirp, José Carlos Carvalho, diz que só para a atual prefeita já encaminhou três ofícios pedindo melhorias.
Além de lixo, segurança e camelôs, ele diz que surgiram novas demandas, como acessibilidade a deficientes e espaço para parar bicicletas.
"Ribeirão precisa de um projeto para todo o centro. A obra antienchente é importante, mas não é só ela que faz a revitalização."
No fim do ano, o Sincovarp, em parceria com a Acirp, encaminhou à prefeita uma lista de sugestões com cerca de 20 pontos para melhorias, que inclui uso de micro-ônibus para diminuir o tráfego no centro.
O secretário da Casa Civil, Layr Luchesi, diz que a prefeitura está finalizando um projeto de melhoria completa.


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