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Inadimplência cresce entre empresas
Estudo da ACI-RP mostra que número de títulos protestados em cartório voltou a crescer em setembro
DA FOLHA RIBEIRÃO
A inadimplência está maior
entre as empresas neste ano, na
comparação com o mesmo período do ano passado. A avaliação é feita pelo Instituto de
Pesquisas Sociais da ACI-RP
(Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto),
com base em um novo levantamento sobre o total de títulos
que foram protestados em cartórios de Ribeirão.
O número de protestos cresceu 8,39% nos nove primeiros
meses deste ano, na comparação com o mesmo período de
2008. O que chama a atenção é
o valor médio de cada título
protestado, que cresceu. As dívidas representam, em média,
R$ 1.412,55 por documento.
Em 2005, quando os cartórios protestaram 56.719 títulos,
a média do valor devido por documento era de R$ 877,20. Isso
significa que, em apenas quatro
anos, o aumento do valor médio da dívida foi de 61%.
Para o diretor do instituto da
ACI-RP, Antônio Vicente Golfeto, o crescimento do valor dos
títulos protestados é um indicativo de que as empresas estão
se endividando mais.
"E quanto mais alto o valor
médio [da dívida], é sinal de que
a inadimplência atingiu empresas que são cada vez maiores",
afirmou Golfeto.
Outra comprovação do endividamento das empresas é o tipo mais comum de título protestado. As duplicatas, papéis
usados majoritariamente por
empresas para pagamentos, representam 51% dos documentos que foram levados aos cartórios até setembro. Os demais
49% são referentes a cheques,
notas promissórias e contratos
diversos.
Na comparação com 2009,
nos dois anos anteriores, o percentual de duplicadas protestadas era um pouco menor. Os
números mostram que os índices estavam um pouco abaixo
da metade do total de títulos levados aos cartórios -48% em
2008 e 49% em 2007. Segundo
Golfeto, a crise também colaborou para o endividamento
das empresas. "Interrompeu a
tendência de queda".
O estudo da ACI-RP mostra
ainda que, de janeiro a setembro deste ano, o total da dívida
relacionada a protestos foi de
R$ 48,2 milhões. O montante é
17% maior que os R$ 40,9 milhões em papéis protestados no
mesmo período em 2008.
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