Em dezembro, Dárcy deve alugar espaço para 70 ambulantes trabalharem; a fiscalização no calçadão vai quadruplicar

Prefeitura vai bancar o aluguel do novo espaço de seis meses a um ano; ambulantes sem cadastro não poderão trabalhar

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Prefeitura de Ribeirão pretende quadruplicar a fiscalização no calçadão para impedir o trabalho dos camelôs. Em contrapartida, vai alojar os vendedores ambulantes em um novo camelódromo, que deve funcionar na rua General Osório, segundo a Folha apurou.
O acordo para o aluguel do prédio foi definido na tarde de ontem, segundo o chefe da Fiscalização Geral do município, Osvaldo Braga, que não revela o endereço do novo camelódromo. Mas só poderão trabalhar no local camelôs que morem em Ribeirão e que estejam cadastrados na prefeitura.
Segundo Braga, serão cerca de 70 ambulantes. A prefeitura, inicialmente, deve pagar o aluguel dos boxes. O prazo, de acordo com Braga, não foi definido, mas deve variar entre seis meses e um ano. Depois disso, os camelôs terão que arcar com os custos do aluguel.
Produtos piratas, como CDs e DVDs, serão proibidos. "Haverá fiscalização. Quem comercializar os produtos terá o box cassado", afirmou o chefe da Fiscalização Geral.
Será o terceiro camelódromo de Ribeirão -além do CPC (Centro Popular de Compras), na Jerônimo Gonçalves, há um na Duque de Caxias.
Segundo Braga, a partir de 1º de dezembro, quando o comércio funciona até mais tarde, 24 fiscais vão trabalhar no centro, entre as 9h e as 22h -hoje são seis fiscais, das 9h às 19h.
Braga disse que não há possibilidade de acordo para que ambulantes fiquem no calçadão durante o Natal, mesmo se a mudança para o prédio na Baixada não for viabilizada. Também não há possibilidade de camelôs de outras cidades, sem cadastro com a prefeitura, trabalharem no novo camelódromo, afirmou ontem a prefeita Dárcy Vera (DEM).
No ano passado, dezenas de camelôs pressionaram a prefeitura para que a área do calçadão fosse liberada durante o mês de dezembro. Houve protesto em frente à prefeitura e panelaço pelas ruas do calçadão. O então prefeito, Welson Gasparini (PSDB), manteve a fiscalização no quadrilátero central, mas muitos ambulantes burlaram os fiscais.

Lojistas
Na região central, segundo o presidente da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), José Carlos Carvalho, existem cerca de 2.500 comerciantes.
De acordo com Carvalho, a expectativa é que as vendas cresçam até 10% neste ano em comparação ao Natal de 2008.
Até ontem, a entidade não havia definido a campanha de premiação para consumidores do comércio do centro. Segundo Carvalho, é possível que o modelo escolhido seja o de concurso cultural, sem vinculação com compras.
Até 23 de dezembro, as lojas ficarão abertas das 9h às 22h, de segunda a sexta-feira. No dia 5, sábado, as lojas abrem entre 9h e 18h. Nos outros sábados, ficarão abertas até as 22h.
Aos domingos, o horário de funcionamento será das 10h às 17h. No dia 24, véspera de Natal, o funcionamento será entre as 9h e as 18h.


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