Para alargar área cercada, será preciso retirar motéis e barracos do entorno

DA FOLHA RIBEIRÃO

O projeto do governo do Estado que prevê a privatização do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, assim como todos os outros administrados pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), esbarra na necessidade de desapropriação de imóveis da rua Americana como motéis, casas e barracos de favela.
Por exigência da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o Daesp precisa regularizar a situação da pista, alargada em dez metros em 2006. Para isso, uma cerca de proteção precisa ser recuada cerca de 40 metros em direção à rua Americana.
Segundo o superintendente do órgão, Sérgio Augusto de Arruda Camargo, não resolver o problema pode significar a inviabilização do projeto. O tamanho da desapropriação, segundo Camargo, será calculado pela prefeitura. A prefeita Dárcy Vera (DEM) não informou o número de imóveis.
A ideia do governo é que as PPPs (Parcerias Público-Privadas) sejam acordadas pelo prazo de 15 anos. O projeto será concluído e entregue ao secretário dos Transportes, Mauro Arce, na próxima semana.
O aeroporto de Ribeirão, um dentre os três que dão lucro ao Estado, será oferecido à iniciativa privada em um lote com outros três -os de Franca, São Carlos e Araraquara. Segundo Arruda, quem se interessar pelo Leite Lopes não poderá fechar aeroportos menores e menos lucrativos.


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