da Folha Ribeirão

O leilão da Ceterp pode ser decidido ainda hoje, com a obrigatoriedade da garantia financeira -depósito de 50% do valor do lance mínimo, R$ 104,4 milhões.
Se apenas uma empresa fizer o depósito, o leilão fica praticamente definido e não deve ocorrer ágio.
O prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB) afirma que, se a venda das ações da prefeitura não fosse casada com as dos fundos de pensão Previ, Sistel e Telos (que adquiriram 46% das ações em 1996), o ágio alcançado pelas ações seria muito elevado.
As ações dos fundos de pensão serão negociadas com 60% do valor de face das da prefeitura. Se a empresa for vendida sem ágio, a participação dos fundos ficará em R$ 125 milhões.
Os outros acionistas da Ceterp também terão de receber oferta. O valor mínimo total dessas ações ficou em R$ 97 milhões.
O professor da FEA/USP (Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo) Alberto Borges Matias acha que o que pode acarretar problemas na venda da Ceterp é o valor fixado como preço mínimo, e não a venda casada das ações.
"O preço mínimo me parece alto", diz. Segundo ele, no próximo ano, haverá uma empresa "espelho" atuando na região.
O prefeito diz que o valor foi determinado por estudos técnicos. "Não queremos vender por preço baixo, queremos vender pelo melhor preço", afirma.


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