DA FOLHA RIBEIRÃO

A realização de cirurgias plásticas por médicos não vinculados à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica não é proibida por lei, mas é desaconselhável, segundo o presidente da entidade, Sebastião Nelson Edy Guerra.
"A lipoaspiração tende a ser vista como um procedimento cirúrgico como qualquer outro, mas é perigosíssimo. Porque a cânula utilizada fura e aspira. Em mãos bem treinadas, esse risco se torna menor."
Todo cirurgião membro da entidade cursou, no mínimo, seis anos de medicina, dois anos de cirurgia geral, três anos de cirurgia plástica e passou por uma prova para comprovar seu conhecimento.
A utilização de centros cirúrgicos de Santas Casas para atendimentos particulares também não é proibida, segundo a Fehosp (Federação dos Hospitais e Casas Beneficentes de São Paulo), mesmo que elas recebam verba pública.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, no caso do hospital de Serrana, o único dos quatro citados no inquérito da Promotoria que recebe verba do programa Pró-Santas Casas, a única exigência é que se cumpram metas de qualidade e quantidade de atendimentos.
Nos filantrópicos de Descalvado, Serrana e Santa Rosa de Viterbo, a Folha conseguiu confirmar a realização de cirurgias estéticas particulares só em Descalvado, onde o centro cirúrgico tem quatro salas e a prioridade de atendimento é para o SUS, segundo o diretor clínico Vander Rogério Vieira.
Em Santa Rosa de Viterbo, segundo a Provedoria do hospital e o Departamento de Saúde da cidade, o centro cirúrgico foi fechado para reforma em dezembro, por causa do ocorrido em São Simão.
Sobre a morte de Sabrina, o provedor da Santa Casa de São Simão, Armando Benedito de Almeida, disse que aguarda o resultado do inquérito e abriu sindicância no hospital. A Folha não conseguiu ouvir os médicos Marcelo e Marcela Engracia Garcia. O anestesista Alex Davidson Biagioni Pimenta não quis dar entrevista.


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