Percentual se refere a escolas de Franca, Ribeirão Preto, Araraquara e São Carlos

Professores das escolas que estagnaram ou recuaram no índice não vão receber bônus, diz Secretaria da Educação

BRUNA SANIELE
DA FOLHA RIBEIRÃO

Aproximadamente 40% das escolas estaduais de Ribeirão Preto, Franca, Araraquara e São Carlos não atingiram as metas impostas pela Secretaria do Estado da Educação no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo).
Os professores das unidades que estagnaram ou recuaram no índice não receberão os bônus do Estado, que podem chegar a 2,9 salários.
O Idesp avalia as escolas com base na nota dos alunos em português e matemática. O índice, que vai de 0 a 10, também considera a evasão escolar.
O critério é polêmico. "O Idesp não deve punir, deve ser um estímulo e contemplar questões fundamentais como bônus para professores com mais carência", diz Fernando José de Almeida, professor de educação da PUC-SP.
A melhor escola de Ribeirão na 4ª série, a João Rodrigues Guião, teve índice 5,03 neste ano e 4,83 na avaliação anterior -a meta era 4,93. "Qualidade de ensino a gente só consegue com esforço e trabalho da equipe e dos pais", disse a coordenadora Márcia Vantini Soares.
Em Franca, a Caetano Petráglia , primeira colocada no primeiro ciclo, credita o sucesso à participação dos pais. "O trabalho junto aos pais é fundamental. Cerca de 95% participam quando são chamados. A formula é muito trabalho em equipe", disse a diretora, Dora Boedignon Martins.
Um problema das escolas com índice alto é alcançar a nova meta. A escola com a melhor qualificação em Ribeirão no ensino médio, a Walter Ferreira não receberá bônus porque recuou no índice (ver quadro). Funcionários disseram que ainda esperam a gratificação.
A Expedicionários Brasileiros, que ficou em último lugar tanto na 4ª série quanto na 8ª série, ficou longe das metas. A diretora, que se identificou apenas como Tania, disse ter assumido o cargo neste ano e não ter autorização do Estado para comentar a nota.


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