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Nº de empregos cresce 850% na região
Foram criados 24.182 novos postos de trabalho neste ano, ante apenas 2.549 em 2009 nas dez maiores cidades
Indústria e comércio lideram contratações; saldo de vagas, porém, ainda é menor do que 2008, no nível pré-crise
JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO
A abertura de novos postos de trabalho nas maiores
cidades da região de Ribeirão
Preto neste ano já é 850%
maior do que 2009, ano que
ficou marcado pelas demissões provocadas pela crise
econômica mundial.
Nos cinco primeiros meses
deste ano, as dez cidades
mais populosas da região
criaram 24.182 vagas de empregos. No mesmo intervalo
de 2009, foram apenas 2.549.
Apesar da recuperação, o
saldo ainda é inferior aos níveis pré-crise. Entre janeiro e
maio de 2008, as maiores cidades da região abriram
27.106 postos de trabalho.
Indústria e comércio são
os segmentos que estão liderando a recuperação no mercado de trabalho da região.
Em Franca, foram criados
1.999 empregos somente em
maio. De janeiro a maio, foram 11.950 vagas abertas.
O consumo aquecido no
mercado interno beneficia o
município, que abriga um
dos principais polos calçadistas do país.
No ano, a indústria de
Franca já soma 9.582 postos
de trabalho abertos.
Os empregos gerados no
setor industrial induzem a
um movimento semelhante
de contratações no comércio,
que já empregou 1.415 trabalhadores a mais do que demitiu nos cinco primeiros meses do ano.
"A cidade tem se beneficiado da estabilidade da economia. Além disso, se tornou
um polo regional de compras, que atrai consumidores
de cidades da região", disse o
presidente da Acif (Associação Comercial e Industrial de
Franca), João Carlos Cheade.
A contratação de mão de
obra industrial também foi
destaque em Sertãozinho,
polo de usinas e fabricantes
de equipamentos para o setor sucroalcooleiro.
Neste ano, foram abertos
2.900 novos postos de trabalho pelas fábricas baseadas
em Sertãozinho.
Segundo o professor da
FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto),
da USP, Alberto Borges Matias, a indústria foi o setor da
economia que cortou funcionários durante a crise.
Por isso, de acordo com o
economista, os dados sobre a
geração de emprego na região apontam para uma reposição dessa mão de obra
que havia sido demitida.
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