Ribeirão Preto, Terça-feira, 22 de Junho de 2010

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Nº de empregos cresce 850% na região

Foram criados 24.182 novos postos de trabalho neste ano, ante apenas 2.549 em 2009 nas dez maiores cidades

Indústria e comércio lideram contratações; saldo de vagas, porém, ainda é menor do que 2008, no nível pré-crise

JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO

A abertura de novos postos de trabalho nas maiores cidades da região de Ribeirão Preto neste ano já é 850% maior do que 2009, ano que ficou marcado pelas demissões provocadas pela crise econômica mundial.
Nos cinco primeiros meses deste ano, as dez cidades mais populosas da região criaram 24.182 vagas de empregos. No mesmo intervalo de 2009, foram apenas 2.549.
Apesar da recuperação, o saldo ainda é inferior aos níveis pré-crise. Entre janeiro e maio de 2008, as maiores cidades da região abriram 27.106 postos de trabalho.
Indústria e comércio são os segmentos que estão liderando a recuperação no mercado de trabalho da região.
Em Franca, foram criados 1.999 empregos somente em maio. De janeiro a maio, foram 11.950 vagas abertas.
O consumo aquecido no mercado interno beneficia o município, que abriga um dos principais polos calçadistas do país.
No ano, a indústria de Franca já soma 9.582 postos de trabalho abertos.
Os empregos gerados no setor industrial induzem a um movimento semelhante de contratações no comércio, que já empregou 1.415 trabalhadores a mais do que demitiu nos cinco primeiros meses do ano.
"A cidade tem se beneficiado da estabilidade da economia. Além disso, se tornou um polo regional de compras, que atrai consumidores de cidades da região", disse o presidente da Acif (Associação Comercial e Industrial de Franca), João Carlos Cheade.
A contratação de mão de obra industrial também foi destaque em Sertãozinho, polo de usinas e fabricantes de equipamentos para o setor sucroalcooleiro.
Neste ano, foram abertos 2.900 novos postos de trabalho pelas fábricas baseadas em Sertãozinho.
Segundo o professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, Alberto Borges Matias, a indústria foi o setor da economia que cortou funcionários durante a crise.
Por isso, de acordo com o economista, os dados sobre a geração de emprego na região apontam para uma reposição dessa mão de obra que havia sido demitida.


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