Ribeirão Preto, Terça-feira, 22 de Junho de 2010

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Feira do Livro pode ter acesso controlado em 2011

Objetivo é reduzir circulação de garotos, alvo de reclamações de livreiros

Expositores afirmaram que o volume de vendas na Feira do Livro deste ano foi menor que o total do ano passado

DE RIBEIRÃO PRETO

O balanço da 10ª Feira do Livro de Ribeirão Preto, encerrada anteontem, pode indicar mudanças para 2011. A principal delas seria controlar o acesso das entradas das praças onde ocorrem o evento, no centro da cidade.
Essa é uma das soluções consideradas para um problema antigo dos livreiros, que reforçaram a mesma queixa neste ano: a circulação de adolescentes, que bagunçam e atrapalham.
Segundo Isabel de Farias, presidente da Fundação Feira do Livro, entidade que realiza o evento, a possibilidade de instalar catracas na feira foi discutida anteontem em reunião com os livreiros.
Para tentar reduzir as reclamações dos expositores, neste ano a fundação promoveu oficinas para adolescentes de 12 a 19 anos nos Estúdios Kaiser de Cinema.
Porém, a adesão ficou abaixo do esperado. A média variou de 600 a 800 jovens por dia, mas o local podia receber até mil estudantes em oficinas e sessões de cinema.
Segundo os livreiros ouvidos pela Folha, neste ano houve queda nas vendas em comparação com o ano passado. Entre as causas dessa retração eles apontam, principalmente, a bagunça dos adolescentes, que afugentam os leitores.
"Por ser aberta, vem muita garotada, o que impede a passagem do público interessado nos livros", disse Augusto César Ferreira, da editora Degenerati.
Para Mayara Elizia Braga, da Inspiração Distribuidora, a queda chegou a 50% ante 2009. A feira teve um público de 427 mil pessoas -em 2009 foram 408 mil.
A antecipação da feira para o fim de maio ou início de junho também será avaliada.


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