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Para secretário, escolha de São Carlos foi política
DA FOLHA RIBEIRÃO
Marcos Spínola de Castro,
secretário do Planejamento e
Gestão Pública de Ribeirão
Preto, disse ontem que a liberação de R$ 50 milhões para a implantação da "cidade da bioenergia" em São Carlos pelo governo federal seguiu "critérios
absolutamente políticos" e não
levou em consideração "qual
era a melhor cidade" para a realização da Agrishow.
"O prefeito do PT [Newton
Lima] ganhou a mesma agilidade que o governo federal tem
dado a todas as prefeituras petistas. Eu lamento essa forma
com que o PT trata as prefeituras petistas em comparação às
outras prefeituras do país."
Segundo ele, a garantia dada
anteontem por Luiz Aubert
Neto, presidente da Abimaq,
sobre a transferência da feira
de Ribeirão não tira da cidade a
possibilidade de realizá-la.
"Ribeirão Preto não está tomando isso como resolvido.
Também faremos a nossa aqui,
talvez com um ajuste de calendário", afirmou Spínola.
Na última edição da Agrishow em Ribeirão, em maio, foram movimentados R$ 800 milhões em seis dias de evento,
considerado o principal do setor no país. Procurado pela Folha, o prefeito Welson Gasparini (PSDB) não foi localizado para comentar o assunto.
Dárcy Vera (DEM), prefeita
eleita de Ribeirão, afirmou, em
nota, que a partir de 2 janeiro
vai tentar "reverter essa situação". "Respeito São Carlos, mas
nossa cidade tem mais infra-estrutura para atender a Agrishow e acho que o governo federal deveria investir os R$ 80 milhões aqui", afirmou.
A expectativa, segundo a Abimaq, é que a "cidade da bioenergia" seja implantada em São
Carlos até abril de 2010, descartando a possibilidade de um
projeto em Ribeirão.
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